Desta forma, a população passa a integrar as patrulhas dos diferentes grupos das Forças de Defesa e Segurança  (FDS), portando flechas e não armas de fogo

ATAQUES EM CABO DELGADO: População vai integrar patrulhas das FDS

Famílias a abandonarem as suas aldeias de origem para se refugiarem em lugares seguros temendo os ataques dos homens armados é o cenário que se vive nalguns distritos de Cabo Delgado, sobretudo em Macomia.

Outra parte da população prefere deixar as suas casas de noite, levando consigo alguns mantimentos, para as matas donde só saem ao raiar do sol, já que tudo indica que os atacantes protagonizam as suas acções de terror preferencialmente no período nocturno.

Conforme constatou a Reportagem do domingo, vive-se um clima de medo, particularmente nas zonas recentemente “visitadas” pelo grupo armado, cuja identidade e motivações ainda se desconhecem.

Aliás, é este cenário de pânico que levou o ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, a reunir-se, na sexta e ontem, com a população, apelando-a a regressar às casas porque as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno para garantir segurança a todas as comunidades.

Foi durante as reuniões que Monteiro anuiu ao pedido da população para a criação de condições de auto-defesa contra os ataques dos grupos armados que estão a protagonizar assassinatos nalguns distritos da província de Cabo Delgado.

Esta foi uma resposta positiva aos apelos feitos num encontro havido sexta-feira com a população dos distritos de Macomia e Quissanga. As aldeias deste último sofreram, semana finda, ataques dos homens armados que mataram e queimaram casas.

Desta forma, a população passa a integrar as patrulhas dos diferentes grupos das Forças de Defesa e Segurança  (FDS), portando flechas e não armas de fogo, conforme era o seu desejo.

Texto de Hélio Filimone/ JD

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