O debate sobre as 15 instruendas engravidadas pelos seus instrutores na Escola Prática da Polícia de Matalana (EPP-Matalana), continua a ser marcante no espaço público com vozes que se levantam de diversos cantos. Embora o caso esteja a ser bastante mediatizado, o Ministério da Justiça assume que ainda não teve tempo para inteirar-se sobre o assunto.
“Nós ainda não tivemos tempo suficiente para sentar e perceber quais são os contornos do que aconteceu em Matalana”, assumiu em declarações a jornalistas, Helena Kida, Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
Kida que falava hoje disse ser melhor esperar pelo pronunciamento do Ministério do Interior (MINT).
“Eu penso que nada é melhor que esperar. Esperar pelos pronunciamentos dos titulares do Ministério do Interior”, afirmou a ministra.
Entretanto, até ao momento não há sinais de possível pronunciamento público do MINT, mas de outros quadrantes têm havido pronunciamentos de condenação e o Provedor de Justiça, Isac Chande, junta-se a essas vozes:
“É lamentável que isto esteja a acontecer”, declarou Chande, que apelou à “não ilusão”, pois, no seu entender, similar promiscuidade relatada na EPP-Matalana também ocorre em outras instituições.
“É possível que haja outras situações que não conhecemos. Mas o mais importante é que eu sinto que a sociedade moçambicana tem condenado essa atitude”, disse o Provedor.
A ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, e o Provedor de Justiça, Isac Chande, falavam hoje em Maputo à margem do lançamento do processo de recolha de informação para a elaboração do relatório de Moçambique, sobre a Revisão Periódica Universal dos Direitos Humanos. Um documento que será publicado em Maio do próximo ano.