Moçambique

“Canal de Moçambique”: as patifarias de um pasquim da quinta categoria! – Nini Satar

Eu, Nini Satar, não sou contra o jornal “Canal de Moçambique”. Desengane-se quem assim pensava. Sou à favor de um jornalismo responsável, porque a função primordial deste que é apelidado de quarto poder, é formar e informar. Nunca vi isso no “Canal de Moçambique”. E isto encontra aconchego porque estamos num país onde o índice de analfabetismo é assustador. Ou seja, muitos, em Moçambique, não lêem o jornal; o jornal é que lhes lê.

Não sei quantas vezes escrevi para o Conselho Superior da Comunicação Social, na pessoa do senhor Tomás Vieira Mário, a me queixar contra o “Canal de Moçambique”. Difamava-me a seu bel-prazer. Ou seja, mentia sem nenhum escrúpulo, e o senhor Tomás Vieira Mário, que dirige o órgão regulador, nunca mugiu nem tugiu. Lia as minhas comunicações e engavetava-as. Até parece que o “Canal de Moçambique” paga-lhe alguma coisa das parcas receitas que o jornal produz.

É verdade que o país tem os seus problemas, mas isso não pressupõe que a imprensa seja uma selvajaria. Todas às quartas-feiras que o “Canal de Moçambique” sai à rua, é como se tivessem soltado um elefante numa loja de porcelanas. Parte tudo descaradamente.

Vejamos o que disse o “Canal de Moçambique” ontem. Em parangonas escreve assim: “O palmaço de Celso Correia e Vitória Diogo no INSS” “54 milhões”. Ainda na capa escreve o seguinte: “O INSS continua saco azul. Sem concurso público, a instituição drenou nas contas da ‘Inter Auto’, do grupo ‘Insitec’, de Celso Correia, 54.346000 milhões de meticais por 21 viaturas, numa modalidade que decidiram chamar memorando’. Para aumentar as margens de ganho, os preços das viaturas foram inflacionados.”

O que está em causa aqui não é se tal falcatrua aconteceu ou não. Isso talvez virá para segundas núpcias. A questão é o jornal ter colocado a foto do ministro Celso Correia e ter dito que a empresa “Inter Auto” pertence ao grupo “Insitec”, de Celso Correia. Isto não é verdade. É mentira grosseira. Não estou aqui para defender Celso Correia. Até nem somos amigos. Estou para defender o leitor deste jornal que semanalmente é entulhado com mentiras, sensacionalismo barato e muitas outras coisas medíocres que a língua portuguesa não comporta. Em um país sério, este jornal já devia ter deixado de circular. É uma lixeira autêntica onde se mistura alho com bugalho.

Há um Boletim da República (BR), de 31 de Março de 2004. Ele fala da constituição da empresa “InterAuto” e sobre quem são os proprietários. A empresa, segundo o mesmo BR, foi registada no Quarto Cartório Notarial de Maputo, por Jaime Bulande Guta, mestrado em ciências jurídicas e notário do referido cartório. São os seus proprietários: Abdul Majid Ibrahimo, Gulamhussen Ibraimo, Mohamed Bassir e Luís Filipe Pereira Rocha Brito. Estes senhores constituíram uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada.

Não vi, no respectivo BR, o nome de Celso Correia nem do grupo “Insitec”. Portanto, o que o “Canal de Moçambique” publicou é uma fofoca. E das baratas. Eu, Nini Satar, não sou jornalista, mas em pouco tempo fui buscar o BR e constatei a quem pertencia a “InterAuto”. Por quê o Matias Guente e a sua turma não fizeram o mesmo? O que custava ir comprar o BR na Imprensa Nacional? Jornalismo e ser sapateiro é diferente. E mesmo se o “Canal de Moçambique” fosse uma sapataria, seria das piores. Das não recomendáveis, com aprendizes aldrabões. É uma vergonha para a classe!!!!

Aliás, não vou transcrevê-lo na íntegra, o comunicado do INSS diz que houve concurso público para adjudicação. E o anúncio foi publicado no jornal “Notícias” do dia 7 de Dezembro de 2016. O visto do Tribunal Administrativo foi aposto no dia 29 de Dezembro de 2016 e o respectivo processo teve o número 2016/4682/Contrato. O valor da adjudicação foi pago igualmente ao fornecedor depois do visto do Tribunal Administrativo.

Onde é que o “Canal de Moçambique” foi buscar tanta baboseira junta? Isto mancha-nos, como um país. Já imaginaram se a cada difamação o jornal merecesse um processo no tribunal? Há muito que teria deixado de existir. Tenho dúvidas de que o Fernando Veloso tenha dinheiro para pagar. Nem consegue pagar aos seus sapateiros o Matias Guetente e companhia.

Por outro lado, começo a ter certeza de que o Fernando Veloso deve estar senil. Não tenho outra escolha. Como é que larga um jornal com sapateiros e fica em Portugal a fazer sei lá o quê? Ele precisa de um médico. É urgente. E Lisboa tem alguns hospitais gratuitos. Pode lá ir para a consulta. Quanto ao Matias Guente e companhia, ai vai o meu recado: vocês são uma vergonha, uma escória, para a classe dos jornalistas. Aprendam a ser pedreiros, quem sabe até chegam ao nível de mestre!

Nini Satar

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