Manuel Rabelais é a favor da permanência de Isabel dos Santos na gestão da Sonangol e considera contestação da nomeação de Isabel como PCA da Sonangol discriminatórias.
Depois de Isabel dos Santos reagir sobre a contestação de alguns angolanos sobre a sua nomeação como PCA da Sonangol, ontem em uma conferência de imprensa realizada no Grecima, o director do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação e Marketing da Administração (GRECIMA), Manuel Rabelais, também reagiu as contestações fazendo saber que, ‘’é da competência do Presidente da República nomear os presidentes e os respectivos administradores dos Conselhos de Administração das empresas públicas’’, visto que a constituição permite o Presidente da República, ‘’tendo em vista uma gestão eficaz, eficiente, e que seja capaz de alcançar resultados que garantam a saúde financeira das empresas e que contribuam para melhorar a economia do país e que produzam resultados positivos para a vida dos angolanos.’’
Pelo curriculum da empresária, Manuel Rabelais, acha que Isabel é a pessoa ideal para dirigir a Sonangol, e recorreu ao princípio da igualdade consagrado no artigo 23 da CRA, “a nossa Constituição consagra o princípio da igualdade entre todos. À luz deste princípio, as pessoas merecem um tratamento igual e não podem ser prejudicadas por critérios de natureza política, religiosa ou, como no caso presente, familiar”. E acrescenta, “o facto da engenheira Isabel dos Santos, ser filha do Presidente da República não pode ser um elemento negativamente discriminador”, alertou.
Para melhor entendimento do caso, o responsável pediu melhor interpretação da lei da Probidade Pública, ‘’esta lei não visa impedir que filhos de titulares de cargo públicos sejam nomeados para qualquer cargo, se forem disso merecedores, esta interpretação não é correcta. O que a lei visa é impedir que filhos de titulares de cargos públicos, sejam favorecidos exactamente por causa da sua condição’’, fez saber.
Quanto ao grupo que pretende realizar uma manifestação no dia 26 do mês corrente exigindo a demissão de Isabel dos Santos, Manuel Rabelais, disse, “embora a manifestação seja um direito constitucionalmente consagrado, consideramos que este tipo de pressão sobre o sistema judicial pode condicionar a sua decisão”, frisou.