Um novo balanço da Proteção Civil italiana aponta para 250 mortos e 365 feridos. Uma nova réplica do sismo foi sentida esta quinta-feira na região de Amatrice.
O sismo de magnitude 6,2 que abalou a região central de Itália na madrugada desta quarta-feira já provocou a morte de 250 pessoas, segundo um novo balanço feito pela presidente da Proteção Civil italiana, Immacolata Postiglione. O ministro da Saúde italiano admite que há várias crianças entre as vítimas.
De acordo com Postiglione, o balanço é ainda provisório, uma vez que se teme que existam outros mortos nos escombros das localidades mais afetadas. A presidente adiantou ainda que o número de feridos hospitalizados é de 365.
Os últimos dados oficiais, também divulgados pela Proteção Civil, apontavam para 247 vítimas mortais. Segundo o jornal italiano Corriere della Serra, 215 pessoas foram retiradas vivas dos escombros pelas equipas de salvamento, que trabalharam durante toda a noite.
Uma nova réplica de magnitude 4,3 na escala de Richter fez-se sentir no início da tarde desta quinta-feira na região de Amatrice, provocando o colapso de edifícios que já estavam danificados. As equipas médicas foram chamadas ao local.
O comandante nacional da Proteção Civil, Fabrizio Curcio, admitiu num programa no canal de televisão Rai 1 que “as operações ainda estão a decorrer, pelo que o número deverá subir”. Numa outra entrevista, à SkyTg24, Curcio admitiu “não ficar surpreendido” se o número de mortos exceder o do sismo de Áquila, em que morreram pelo menos 300 pessoas.
De acordo com informações dos ministérios dos negócios estrangeiros de Espanha e da Roménia, entre as vítimas mortais encontram-se um espanhol e dois romenos. O número total de desaparecidos ainda está por determinar.
Vários milhares de pessoas ficaram desalojadas. Os últimos dados apontam para 2.500 pessoas, a maioria nas localidades de Pescara e Arquata del Tronto.
As buscas envolvem neste momento 880 bombeiros, apoiados por 250 viaturas. No total, há 4.370 pessoas envolvidas nas operações de resgate, nove helicópteros e ainda 50 brigadas caninas, detalhou o ministro do Interior, Angelino Alfano, em comunicado. O Papa Francisco enviou seis bombeiros da pequena brigada do Vaticano para ajudar nas operações.
Ao Corriere della Sera, as autoridades admitiram que “ainda podem estar cerca
de dez pessoas” debaixo dos escombros do hotel Roma, em Amatrice, que tinha pelo menos 70 hóspedes na altura. Já foram recuperados sete cadáveres, mas as autoridades já explicaram que muitos dos hóspedes tinham conseguido fugir do hotel.
Em Arquata del Tronto, uma das regiões mais afetadas em termos de infraestruturas, dois voluntários que estão a ajudar nas buscas disseram à imprensa italiana que os cães da polícia já não conseguem detetar sobreviventes nos escombros. “Obviamente, não é um bom sinal, mas ainda temos esperança”, disseram os voluntários.
Desde o sismo, que teve epicentro a sudeste de Norcia, cidade da província de Perugia (Umbria), a terra voltou a tremer mais de uma centena de vezes. A mais recente réplica, de 4,7 foi registada esta madrugada, a sete quilómetros a leste de Norcia.
O sismo já é um dos mais mortíferos das últimas décadas em Itália, com o número de vítimas a aproximar-se do sismo de Áquila, em 2009, que matou mais de 300 pessoas. Este sismo, com uma magnitude de 6,7, teve epicentro na cidade de Áquila, na região de Abruzos, deixou mais de mil feridos e pelo menos 60 mil pessoas ficaram desalojadas. Pode ver aqui a história de 40 anos de sismos em Itália.
Fonte: observador.pt