Celebra-se hoje o dia da Paz e Reconciliação Nacional. As cerimónias centrais tiveram lugar em Maputo e foram marcadas pela deposição de flores na Praça dos Heróis, um acto replicado em todo o país. Ainda na capital as confissões religiosas organizaram um culto ecuménico na Praça da Paz.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, foi quem dirigiu as cerimónias centrais em Maputo e dirigiu-se à nação destacando que a data “assinala-se sobre a nuvem de desestabilização levada a cabo pela mesma força que em 1976 mudou pela negativa o rumo do país, a Renamo, o que desvaloriza grandemente o acordo celebrado, portanto, no lugar de estarmos em celebração estamos mergulhados em momento de reflexão”, disse Nyusi.
Para o Presidente da República, com a assinatura do Acordo de Roma em 1992 o Governo estava a materializar a vontade do povo moçambicano e o caminho que foi usado na altura foi o diálogo o que segundo ele mostra que “como irmãos podemos encontrar os melhores caminhos para a solução da nossa diferença, mas o povo moçambicano foi e continua a ser sacrificado por um grupo de pessoas que mesmo estando inserido na nossa sociedade vê de forma diferente a importância da paz”.
Para o Governo, segundo Nyusi, “a paz é o condimento mais importante para a persecução de todos os projectos de desenvolvimento económico e social do nosso país. Não podemos continuar a buscar justificativa em processos onde todos nós participamos e testemunhamos para matar a esperança do povo moçambicano”.
E para dar ênfase à importância que atribui à paz, o Presidente da República reiterou o seu compromisso em tudo fazer para que a situação volte à normalidade e cessem os ataques nas estradas. “Mesmo estando evidente que a Renamo não quer a paz, não nos podemos cansar de mostrar o nosso repúdio pela matança dos nossos compatriotas mas também a nossa abertura para mudarmos este rumo. Mostramos a nossa disponibilidade para o diálogo, o que não podemos permitir é que na nossa busca pela paz efectiva e duradoira nos seja imposto violar a Constituição da República, a lei mãe”, disse.Muchanga e Mazanga acusados de traírem a RENAMO
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