O presidente da república, Filipe Nyusi, escusou-se hoje a dizer se recebeu ou não dinheiro no caso das dívidas ocultas, numa entrevista ao jornal Canal de Moçambique, alegando não querer embaraçar a Justiça.

Filipe Nyusi escusa-se a dizer se recebeu ou não dinheiro no âmbito das Dívidas Ocultas

O presidente da república, Filipe Nyusi, escusou-se hoje a dizer se recebeu ou não dinheiro no caso das dívidas ocultas, numa entrevista ao jornal Canal de Moçambique, alegando não querer embaraçar a Justiça.

“A dívida oculta foi contratada na altura em que era ministro da Defesa. O senhor recebeu ou não dinheiro das dívidas ocultas”, questionou o jornalista Matias Guente, naquela que foi a primeira entrevista do chefe de Estado a um órgão de comunicação social moçambicano, ao cabo de cinco anos de mandato.
“Porque é que você não faz o seguinte: deixar… até porque isso é embaraçoso para quem está a dirigir [o caso], porque eu não quero embaraçar o processo que está a correr ao nível da Justiça”, respondeu Nyusi.
Segundo o presidente, “as coisas serão explicadas. O tempo é responsável”.
Filipe Nyusi disse ainda não acreditar na “narrativa de perseguição política” alegada por Ndambi Guebuza, filho do ex-presidente de Moçambique, quando foi detido em fevereiro.
“Eu não posso estar a falar em nome da Justiça. É indecente”, rematou.
O ex-ministro das Finanças moçambicano, Manuel Chang, três ex-banqueiros do Credit Suisse e um mediador da Privinvest foram detidos em dezembro a pedido da justiça norte-americana.
A investigação alega que a operação de financiamento de 2,2 mil milhões de dólares para criar as empresas públicas moçambicanas Ematum, Proindicus e MAM durante o mandato do presidente Armando Guebuza é um vasto caso de corrupção e branqueamento de capitais.

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