Enfermeiras de saúde materna do HCB transferidas por alegadamente aderirem à greve dos profissionais de saúde

Seis enfermeiras do Sistema Nacional de Saúde (SNS) afectas ao Hospital Central da Beira (HCB), na província de Sofala, foram transferidas por aderirem à greve da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM).

Segundo uma nota enviada ao Serviço Provincial de Saúde de Sofala com o número 418/023.3/DRH-HCB/24, de 07 de maio de 2024 e assinada pelo substituto do Director-Geral do HCB refere que, solicitamos a recolocação de funcionárias. Apesar de o documento não mencionar taxativamente que o processo de transferência surge em virtude da greve que reiniciou no dia 29 de abril passado, o facto é que o HCB alega que pelo facto de no seu efectivo ter funcionárias formadas em Enfermagem Superior de Saúde Materno Infantil que possuem a componente cirúrgica as mesmas poderiam ser movimentadas para outros locais.

“Tendo sido aberto o Serviço de Bloco Operatório no Centro de Saúde de Ponta-Gêa, Hospital da Mulher 24 de Julho e o Hospital Geral da Beira, solicitamos à V.Excia a recolocação destas funcionárias nos sectores acima avançados pelo facto da formação destas não se adequar a um hospital de nível quaternário (HCB), nomeadamente: Cristina Luís Santana (Enfermeira Superior de SMI); Deolinda Felizarda Mavuo Lopes (Enfermeira Superior de SMI); Luísa Teresa Mário (Enfermeira Superior de SMI); Nilza de Luz António Nhambessa (Enfermeira Superior de SMI); Mauriceth da Guarda M. Mangulenje (Enfermeira Superior de SMI) e Antonieta J. Ferijão (Enfermeira Superior de SMI)”, consta na referida nota.

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De referir que recentemente o Presidente da APSUSM, Anselmo Muchave denunciou várias formas de intimidações e ameaças contra os profissionais de saúde e membros daquele organismo que aderiram à greve em reivindicação dos seus direitos laborais e associativos, assim como, em defesa da vida humana nas unidades sanitárias que se ressentem de quase tudo. (Omardine Omar)