O porta-voz da Presidente do Parlamento Sul-Africano diz que haverá discussões com a Procuradoria sobre a entrega voluntária de Nosiviwe Mapisa-Nqakula, ás autoridades policiais, em Pretória.
Mike Ramagoma explicou que o pedido urgente, para interditar a detenção da Presidente do parlamento, ontem chumbado pelo Tribunal Superior de Pretória, tinha em vista que Mapisa-Nqakula se apresentasse ás autoridades acompanhada pelo representante legal dela.
Ramagoma disse que o advogado de Mapisa-Nqakula andou ocupado, nos últimos dias, sendo que estará disponível a partir da quarta-feira.
Depois que o Tribunal rejeitou o pedido urgente, tudo indica que o caminho que resta para a presidente do parlamento é mesmo se entregar ás autoridades.
O passo a seguir será o de requerer uma liberdade sob fiança. A Procuradoria já indicou que no vai se opor a um pedido nesse sentido.
O Tribunal de Pretória disse ontem que o pedido de Mapisa-Nqakula não é urgente e que aceitá-lo, iria abrir um precedente.
No entanto, o porta-voz da Procuradoria sul-africana, Mthunzi Mhaga, negou indicar o prazo que Mapisa-Nqakula tem para se apresentar ás autoridades:
“Nós não discutimos questões de detenções e processos em investigação na comunicação social. Mas, obviamente, que a roda da justiça está agora em movimento. Sempre afirmamos que este caso não tem precedentes e julgamos que não precisamos de ser levados ao tribunal”, disse.
A rejeição do pedido urgente e a iminente detenção da Presidente do parlamento sul-africano mereceram reacções diversas no panorama politico da terra do rand.
O Congresso Nacional Africano, partido de Mapisa-Nqakula disse que ela tem o direito de explorar qualquer via relacionada com as acusações de corrupção levantada. Acrescentou que, a nível interno, ela terá de sujeitar-se aos processos legais e organizacionais do partido.
O partido dos Combatentes da Liberdade Económica exige a prisão imediata de Mapisa-Nqakula após o que descreve como sendo tentativa falhada de fugir da Justiça.
A Aliança Democrática diz que a rejeição do pedido urgente mostra que é imperioso que, o quanto antes, o parlamento debata a moção de censura contra a Presidente e exige o afastamento dela.
O Freedon Front plus diz que vai votar a favor da moção de censura.
A presidente do Parlamento sul-africano enfrenta 12 acusações de corrupção e uma de lavagem de dinheiro, no valor de quatro milhões e quinhentos mil rands, ocorridos quando era Ministra da Defesa. (RM Johannesburg/IMN)