Malawianos, Zambianos e Zimbabueanos pretendem “votar na Frelimo” em outubro de 2024

Terminou no domingo, 28 de abril de 2024, em grande parte do País e de alguns países com forte presença da comunidade moçambicana na diáspora, o recenseamento eleitoral para as eleições gerais de 09 de outubro próximo.

O processo que durou 45 dias oficialmente e tendo sido prorrogado em Quissanga, na província de Cabo Delgado e na Tanzânia, eis que nos últimos dias, uma reportagem do The Mirror do Zimbábue vem expor uma das facetas negras deste problemático processo na diáspora.

Informações que estão a chocar os moçambicanos referem que os partidos no poder nos países como Malawi, Zâmbia e Zimbábue estão a mobilizar seus militantes e a população local para aderirem ao recenseamento eleitoral moçambicano, um direito que é só dirigido aos moçambicanos residentes naqueles países.

E no Zimbábue caiu nas redes sociais um vídeo que acusa a União Nacional Africana para o Zimbábue – Frente Patriótica (ZANU PF) partido que está no poder a 44 anos de mobilizar milhares de seus membros para recensear-se e com isso votarem pelos moçambicanos a 9 de outubro próximo nas eleições Gerais, presidenciais e das assembleias provinciais.

No trecho do vídeo que circula nas redes sociais e que a “Integrity” tirou da satisfação dos Zimbabweanos que estiveram num posto de recenseamento eleitoral naquele país, afirmam o seguinte: “estou muito feliz porque já tenho um documento moçambicano, no passado ajudei os moçambicanos a escolherem o seu presidente e acredito que desta vez vou repetir a proeza e para além disso terei como ir a Moçambique fazer minhas compras a grosso em lojas locais”, disse a primeira recenseada.

“Com o recenseamento que está aqui a acontecer a felicidade é tanta para mim, porque já tenho um documento moçambicano e vou votar por eles nas eleições que se avizinham e para além de fazer as minhas compras à vontade naquele País e com o cartão terei a facilidade de tratar passaporte moçambicano”, explicou a segunda inscrita.

E a terceira eleitora mostrou um pouco de dúvida, “ouvi que o cartão serve para participar nas eleições e não sei se será possível, mas o que me vem na memória é que terei um posto de emprego garantido porque quando eu votar pelos moçambicanos estarei a ajudá-los e assim vice-versa”, concluiu.

“Me sinto muito entusiasmada porque consegui um documento moçambicano, sei que irei votar com muito gosto e com o cartão acredito que vou com facilidade adquirir um passaporte naquele país com facilidade, com o qual irei viajar pelo mundo e a África do Sul é meu foco, porque há muito emprego por lá e sei que aos moçambicanos na terra do Rand é que aceitam um atestado de residência com duração de um ano”, sublinhou a última eleitora que aparece no vídeo.

Nas artérias da cidade de Chimoio, na província de Manica é comum encontrar a polícia a escoltar cidadãos Zimbabweanos para uma esquadra policial, porque estes alegadamente por não possuírem um documento e com o recenseamento em massa naquele país espera-se uma avalanche de entradas de zimbabweanos para Moçambique nos próximos dias.

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