Inundações em Maputo: Roque Silva iliba Governo da Frelimo da sua incompetência e volta a atacar Imprensa, OSC e internautas

Os ataques foram feitos durante uma visita às famílias afectadas pelas inundações na Cidade de Maputo. Roque Silva, Secretário-geral do Partido Frelimo, no seu estilo característico virou todos os canos para Imprensa, sobretudo, televisiva e crítica do Governo da Frelimo, assim como das organizações da sociedade civil que trabalham na humanização das famílias moçambicanas.

Falando aos afectados e à Imprensa, Roque Silva disse  que “há muitas televisões que disparam contra nós. Que estão lá a falar barato. A falar mal, mal, mal […]. Agora que nosso povo está naquela desgraça, onde estão estas organizações da sociedade civil? […] Estão lá para fazer aquilo e falar mal do Governo, quando este toma decisões para salvar o seu povo. Parte destas televisões recebem muito dinheiro de algumas organizações internas e externas para falar mal do Governo quando o Governo está a tomar decisões para salvar o seu povo […] porquê que não pegam este dinheiro que recebem e ajudam a construir casas em sítios seguros para dar estas pessoas? […]”.

“Eu gosto de falar as coisas como elas são, apesar que depois provocam muitos debates nestas televisões, mas é bom que debatam, mas debater conscientes de que, o que estamos a dizer é para o bem do nosso povo. A Frelimo não foi constituída em 1962 para alimentar desgraças para o povo. A Frelimo foi criada para libertar o País e para lutarmos pela criação do bem-estar do povo. Mas criar o bem-estar do povo é difícil, porque às vezes tem que dizer a alguém para não fazer aquilo que ele gosta de fazer, mas temos que dizer que não faça isto, porque isto vai provocar desgraça”, disparou Roque Silva.

Acrescentando, o Secretário-Geral da Frelimo afirmou que “quero usar esta oportunidade para apelar a todas estas organizações que agitam as pessoas quando se tomam as decisões para salvar o nosso povo. Queria usar esta oportunidade para apelar estas televisões que agitam as populações quando se tomam decisões para salvar a vida das pessoas para porem a mão na consciência e saberem que este País também é deles. Este povo também é deles, e quando passa por uma situação de desgraças como estas por questões que nós podemos evitar os nossos corações sofrem bastante. Dói muito ver pessoas que têm que dormir em cima da mesa porque a casa dele está cheia de água. E está cheia de água porque alguém foi bloquear a rua por onde a água tem que passar. Mesmo que a gente pretenda fazer vala drenagem, como é que vamos fazer uma vala drenagem que passa por cima de uma casa? […]”.

“Meus irmãos que temos que acordar, porque se nós não acordarmos seremos agitados por pessoas e estas desgraças todos os dias vão nos bater à porta. Ninguém vai conseguir acabar com a pobreza construindo casas hoje, comprar mobílias para quando chover aquelas coisas todas desaparecer. Voltar a comprar cama, comprar colher, comprar mesa para quando chover aquilo de novo desaparecer. Vamos conseguir acabar com a pobreza no nosso País? Não!”, atacou Roque Silva.

Prosseguindo, o SG da Frelimo disse “por mais dinheiro que alguém venha ao seu País te dê, mas se este dinheiro não é para construir a nossa moçambicanidade, diga fique com seu dinheiro e deixe-me com meu País. Por mais dinheiro que te dê para você investir na sua televisão para estragar a vida do seu País falando mal daqueles que querem o bem para o povo, diga fica com o seu dinheiro e deixe-me com o meu País. Este País, meus irmãos, custou o sacrifício dos melhores filhos desta terra, e nós não temos outro país. Nosso País é esta aqui. Ade ser possível sair e dizer vou arranjar outro País? […] O País é como uma mãe. A mama da mamã por mais feridas que tenha é que ela é mama da sua mãe! É verdade ou não é? É possível trocar a mama da sua mãe por uma outra mama? Não!”

“Este País é a nossa mãe, por isso todos aqueles que amam este País que não venham com teorias de agitação daqueles que não acreditam que este País é nosso. Quando Deus diz que Moçambique é dos moçambicanos não estava com sono, estava bem lúcido […] Deus estava lúcido, é que viu que os moçambicanos merecem ter esta terra que se chama Moçambique e nenhum moçambicano tem que alienar a sua moçambicanidade quer seja por dinheiro, não interessa se este dinheiro é dólar, euro ou metical, ame o seu País primeiro e quando te mandam disparar contra o seu País em coisas que podem prejudicar o seu povo, diga não, o meu País em primeiro lugar. Diga não, o meu País em primeiro lugar”, apelou Roque Silva.

Em seguida, Roque Silva defendeu que “meus irmãos nós não podemos continuar com coisas como estás. Não podemos continuar a adormecer nossos irmãos, estarem a sofrer todos os dias, porque estes que andam nestas organizações que agitam as pessoas vão lá ver em que casas vivem. Estão naquela água ali? Não! Esses que andam atrás destas televisões que andam a agitar as pessoas para poderem contraria o Governo que está a trabalhar para mudar estas situações, vão lá para casas deles, tem água dentro das casas deles? Não, então eles têm que amar o povo. Porque um dia, Deus vai lhes castigar […] é um sofrimento enorme meus irmãos. Então viemos aqui para ver e prestar solidariedade a estes nossos irmãos que estão na água, mas também viemos para passar esta mensagem para que digam não aos agitadores […] digam não as estas organizações e televisões que agitam as populações para o sofrimento […] meus jovens digam não a estes que andam nas redes sociais a perturbar vossas cabeças para vos meter no mato […] vamos todos construir Moçambique de paz, de amor ao próximo, de amor à vida das pessoas, porque esta é a grande aposta da nossa sexagenária Frelimo […].”

Em conclusão, Roque Silva apelou a população a cumprir as ordens do município, ou seja, assim que a edilidade retirar as pessoas dos locais inabitáveis devido ao curso das águas que as pessoas saiam e não voltem mais para aqueles locais. E que não culpem a Frelimo pelas inundações, porque a terra não cresce.

“Se tem um terreno hoje e você vende. Dão te terreno amanhã é você vende, os terrenos vão nascer outro? Não! Então meus irmãos vamos lá facilitar também o trabalho do nosso governo. Podemos falar mal do governo. Podemos falar mal do Presidente, mas a solução não está em falar mal, está em nós também compreendermos que temos que trabalhar com o governo no sentido de vermos se temos um plano concreto, se for para tirar as pessoas vamos ter que tirar. Aqueles que andam nas redes sociais viram o que aconteceu no Dubai esta semana? Dubai é um País muito desenvolvido, mas a água que andou lá em Dubai naqueles prédios bonitos todos se calhar esta água da cidade de Maputo comparasse mais ou menos, onde é que está a culpa do governo nisto? A culpa é da natureza, então nós todos temos que ajudar o Governo […].” (Omardine Omar)

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