Mais três pessoas, entre elas um bebé de quatro meses, morreram por causa da COVID-19 na capital moçambicana, anunciou o Ministério da Saúde, esta quinta-feira. Segundo a instituição, os óbitos aconteceram nos dias 06, 08 e 09 de Setembro em curso.
De acordo com a directora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, o bebé de quatro meses, de nacionalidade moçambicana, deu entrada numa unidade dos cuidados intensivos de um hospital privado na cidade de Maputo, no dia 04 de Setembro, transferido do Hospital Central de Maputo, “onde esteve internado por anomalia genética e doença respiratória grave”.
A criança foi submetida ao teste da COVID-19 durante o seu internamento e o resultado saiu positivo no dia 06 de Setembro. Durante o internamento, o estado de saúde do paciente “agravou e foi declarado óbito no dia 06” do mesmo mês, explicou a dirigente.
O segundo óbito é de uma mulher de 65 anos de idade, moçambicana. Ela deu entrada no Centro de Internamento da COVID-19 do Hospital Geral da Polana Caniço, no dia 05 deste mês, transferida do Hospital Central de Maputo, “com quadro de doença crónica grave e doença respiratória grave”, afirmou Rosa Marlene, na habitual conferência de imprensa para actualização da informação sobre a pandemia.
A mulher foi testada para a COVID-19 e o “resultado saiu positivo” no dia 03 de Setembro. Durante o internamento, a paciente “evoluiu com persistência do quadro respiratório grave e foi declarada óbito no dia 08” deste mês.
Em relação ao terceiro óbito, a directora nacional de Saúde Pública informou que é também uma mulher, de 62 anos de idade, de nacionalidade moçambicana.
A vítima deu entrada no Hospital Central de Maputo no dia 01 de Setembro “com quadro de doença respiratória grave e doença crónica”. Ela foi testada para a COVID-19 e o resultado, positivo, foi comunicado no dia 03 do mesmo mês.
À semelhança do que tem sido com os outros doentes com a COVID-19, a mulher foi transferida para o Centro de Internamento do Hospital Geral da Polana Caniço no mesmo dia em que ficou a saber que estava infectada. Durante o internamento não melhorou e foi declarada óbito esta quarta-feira.
É a primeira vez que em um dia são anunciadas três mortes por conta do novo Coronavírus no país. A doença já matou 31 pessoas, 18 das quais na cidade de Maputo.
MAIS 68 INFECTADOS EM 24 HORAS
De quarta para quinta-feira, foram diagnosticados mais 68 indivíduos com COVID-19. Todos os casos são indivíduos nacionalidade moçambicana e de transmissão local.
Segundo a directora nacional de Saúde Pública, dos 68 pacientes, 50 são da cidade de Maputo, 11 da província da Zambézia, quatro do Niassa, dois de Gaza e um da província de Maputo.
Com esta actualização, o país tem cumulativamente 4.832 casos positivos registados de 22 de Março, data em que foi anunciada a primeira pessoa com Coronavírus. Destas pessoas, “4.549 são de transmissão local e 283 importados”.
AUMENTOU NÚMERO DE PACIENTES INTERNANDOS
Até esta quinta-feira, Moçambique registava um cumulativo de 108 indivíduos internados [contra 104 na quarta-feira] devido à COVID-19, dos quais 26 ainda sob cuidados médicos nos centros de isolamento.
“Os indivíduos internados padecem de patologias crónicas diversas, associadas à COVID-19”, disse Rosa Marlene, para quem um doente é da província de Nampula, dois de Tete e 23 na cidade de Maputo. “Nas últimas 24 horas registámos três novos internamentos hospitalares na cidade de Maputo”.
MAIS 94 RECUPERADOS, DOS QUAIS A MAIORIA NA PROVÍNCIA DE NAMPULA
A directora nacional de Saúde Pública informou que Moçambique registou mais 94 casos totalmente recuperados da COVID-19, sendo 36 na província de Nampula, 34 na província de Maputo, 22 na cidade de Maputo e dois em Inhambane.
Dos 94 pacientes livres da doença, 89 são de nacionalidade moçambicana e cinco estrangeiros, de nacionalidades guineense, nepalesa, paquistanesa e dois indianos.
“Actualmente, 2.857 (59.1%) indivíduos previamente infectados pelo novo Coronavírus estão totalmente recuperados da doença”, disse Rosa Marlene, salientando que há no país tem 1.940 indivíduos activos, ou seja, ainda infectados.
Até ontem, 108.745 casos suspeitos tinham sido testados, cumulativamente. Em todo o país, 2.093.817 pessoas foram também rastreadas para a COVID-19 nos diferentes pontos de entrada. Destas, 35.922 foram submetidas à quarentena domiciliária. Neste momento, 4.539 pessoas ainda observam a quarentena domiciliária e 2.627 contactos de casos positivos estão em seguimento.