O conceituado jornalista investigativo e Director Editorial do portal online Carta de Moçambique, Marcelo Mosse acaba de revelar, através da sua conta no facebook, que está a ser vítima de ameaça de morte.
“Um passarinho diz-me que estou na lista. Ele quer que eu confine o verbo e quarentene a liberdade. Um balúzio cala a verdade?”, escreveu no seu modo satírico, através da sua preferencial rede social.
Acredita-se que esta pode ser mais uma investida dos famosos esquadrões da morte, um grupo que se dedica à seviciar e silenciar vozes incómodas, com destaque para académicos, activistas sociais, políticos e jornalistas.
Recorde-se que em Dezembro de 2019, Matías Guente, editor do semanário Canal de Moçambique escapou de um tentativa de rapto numa das artérias da capital do país, tendo contraído vários ferimentos, pois na tentativa de introduzi-lo na sua viatura os agressores desferiram golpes com tacos de golfe e basebol.
Ainda no mesmo ano, o Director Editorial do semanário Dossiers & Factos, Serodio Towo, também foi vítima de ameaça de morte via telefone, e foi seguido por desconhecidos durante algumas semanas.
Não tiveram a mesma sorte algumas figuras como o politólogo José Macuana e o jornalista e jurista Ericino de Salema, que foram raptados e espancados. Outros nomes como Gilles Cistac, Anastácio Matavele e Jeremias Pondeca não sobreviveram para contar a história.