Josefo de Sousa foi um dos homens fiéis ao antigo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que até à sua morte dirigia parte dos serviços secretos do partido e das forças armadas, a partir da serra da Gorongosa.

Esposa de Josefo de Sousa diz que marido queixou-se de ameaças antes de desaparecer

Isabel Isaías Mamura, esposa de Josefo de Sousa, antigo general e vice-chefe do Estado-Maior da perdiz, deu uma entrevista ao Dossiers & Factos, em princípios do mês de Maio último, na qual denunciava que o seu esposo foi preso dias depois de Ossufo Momade ter destituído o Estado-Maior das tropas da Renamo e transferido de imediato para a base de Cheringoma, de onde não saiu nem manteve novos contactos com os familiares.

Texto: Dossiers & Factos

Antes do seu suposto desaparecimento, Isabel conta que o seu marido a telefonou a informar que estava sob pressão do novo presidente do partido, exigindo-lhe que não criasse qualquer tipo de agitação, momentos depois da sua destituição e da introdução de uma nova metodologia de governação do partido.

Recorde-se que, na semana passada, alguns generais, considerados desertores pelo partido, acusaram o presidente do partido Ossufo Momade de ter fuzilado Josefo de Sousa, um antigo comandante geral da segurança da guerrilha da perdiz, com cinco tiros.

Josefo de Sousa foi um dos homens fiéis ao antigo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que até à sua morte dirigia parte dos serviços secretos do partido e das forças armadas, a partir da serra da Gorongosa.

No dia da eleição de Ossufo Momade, Josefo foi o único general que deixou um recado ao presidente-eleito: “Senhor presidente do partido, exigimos que faça as coisas do jeito como vinham acontecendo com o antigo presidente Afonso Dhlakama, e nestas negociações com o Governo da Frelimo não se esqueça de nos pôr no SISE”, recomendou num tom que não agradou a nova direcção da perdiz.

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