“Sei que algumas pessoas não gostam de ouvir isto, mas é verdade: o jornal “Canal de Moçambique” é de fofocas. Só publica fofocas, e quando não as tem, assume-se como boletim oficial da Renamo.
Para os que gostam de analisar, antes de emitirem qualquer opinião, sairão da leitura deste texto esclarecidos. Perceberão que efectivamente o “Canal de Moçambique” intoxica a opinião pública de forma tendenciosa. Denigre a imagem das pessoas sem pejo, faz um jornalismo selvagem, típico de um país empobrecido como Moçambique. E pessoas há que aplaudem esta mediocridade.
Para algumas pessoas, não é novidade de que Matias Guente recebe dinheiro de certas pessoas interessadas em encomendar artigos. Nunca investigou nada. Escreve fofocas ao sabor do fulano e do sicrano. Enquanto isso, o director do jornal, o Fernando Veloso, continua em Lisboa ocupando-se em servir de caixa de ressonância de Afonso Dhlakama. É por isso que sempre digo que o “Canal de Moçambique” é um boletim oficial da Renamo.
Vamos ao cerne da questão. Ainda é fresco o badalado caso de violência doméstica cuja queixosa foi Josina Machel, filha de Samora Machel. Matias Guente, esse jornalista de meia-tigela do “Canal de Moçambique”, fez uma campanha cerrada contra Josina Machel. Distorceu os factos para limpar a imagem do agressor: Rofino Licuco em troca de 500 mil meticais (desminta o Matias Guente, querendo).
No dia 25 de Janeiro de 2017, o jornal “Canal de Moçambique” fez a sua manchete, colocando a foto de Josina Machel e a da sua mãe (Graça Machel) em seis colunas, com o título “Não ‘mamã’ Graça!”. No interior, Matias Guente relata coisas que não faziam parte do presente processo. Ou seja, manipulou tudo para agradar ao seu patrão que lhe deu 500 mil meticais, em detrimento da verdade. Fez um artigo tendencioso e os que leram com olhos de ver, viram isso. Péssimo jornalismo!
Já na edição de 8 de Fevereiro de 2017, o “Canal de Moçambique” coloca na capa a fotografia de Graça Machel com o título: “Medicina legal em casa de Graça Machel”. No interior, o jornal mente ao escrever que Josina Machel perdeu a mesma causa à favor de Rofino Licuco num tribunal de Randburg, África do Sul. Até usa palavras indecentes como “amante”, “fizeram sexo” e por ai fora. Tudo na tentativa de desacreditar Josina Machel, a quem, aliás, não pediu nenhum contraditório, como manda o princípio do bom jornalismo. Ouviu Rofino Licuco porque era quem lhe interessava. Josina Machel só foi enxovalhada sem que tenha que se defender.
No dia 21 de Fevereiro corrente, o Tribunal Judicial do Distrito Urbano Número Um leu a sentença do caso e condenou o réu Rofino Licuco a três anos e quatro meses de prisão (pena suspensa), pagar a vítima o valor de 200 milhões de meticais, pagamento de 579 mil meticais por danos patrimoniais e ainda, num período de seis meses, deve pagar uma taxa diária de 157 meticais Convertido em multas.
De acordo com o jurado, ficou provado que as lesões à vítima foram provocadas por socos e não por uma eventual queda, como o réu Rofino Licuco vinha defendendo. Logo depois deste veredicto, o “CanalMoz”, um jornal electrónico da mesma empresa que o “Canal de Moçambique”, escrevia, no seu habitual “última hora”, que Rofino Licuco devia pagar 200 milhões de meticais em 30 dias para não ser preso. E volta às antigas mentiras dizendo que Rofino havia ganho o mesmo processo na África do Sul, numa acção intentada por Josina Machel.
Atenção: se é que Rufino Licuco há-de ir preso, tal ficar-se-á a dever ao facto de não ter pago os 157 meticais diários convertido em multas.e não pelos 200 milhões de indemnização à Josina Machel. Ouviu bem…burro Matias Guente!?
Já no dia seguinte à leitura da sentença, portanto 22 de Fevereiro, o jornal “Canal de Moçambique”, estrategicamente, não escreve nada na capa que Rofino Licuco foi condenado. Puxou o artigo para a página 18 e insiste, mais uma vez, com a baboseira de que o réu havia ganho o processo em Randburg, África do Sul. Tudo para, mais uma vez, confundir a opinião pública e justificar os 500 mil meticais recebidos.
Atenção, meus caros amigos, seguidores e fãs daqui do Facebook. Vou dar uma aula a este Matias Guente, burro, corrupto e jornalista de meia-tigela. O assunto que foi julgado no tribunal de Randburg, África do Sul, não foi o da violência doméstica. Josina Machel submeteu um pedido de protecção a pretexto de que Rofino Licuco continuava a assediá-la. Por sua vez, o tribunal chumbou o tal pedido, uma vez que Josina Machel só apresentou uma única evidência de que estava efectivamente a ser assediada. Para os tribunais sul-africanos, as evidências devem ser mais do que uma.
Volto a repetir: o que foi reprovado pelos tribunais sul-africanos foi o pedido de protecção. Em nenhum momento Josina Machel submeteu uma queixa de violência doméstica ou agressão física contra Rofino Licuco, na África do Sul. Este processo não podia ser julgado no país de Nelson Mandela ou em qualquer outro país por respeito ao princípio de territorialidade.
O princípio de territorialidade reza que os processos devem ser julgados no país onde os factos sucederam. Ora, a agressão física contra Josina Machel teve lugar em Maputo. Logo o julgamento devia ser feito em Maputo. É fofoca isso de que o processo havia sido julgado na África do Sul. Quem leu isso e acreditou, foi manipulado. Abusaram da sua ignorância em matéria de Direito. E creio, sem reservas, que o mesmo Matias Guente que escreveu isso é burro. Devia ter questionado isso. Ouvido vários juristas. Ter-lhe-iam dito que não é verdade.
Aqui não só sai envergonhado o Rofino Licuco. Envergonhados e chamuscados estão os que escreveram baboseiras. Acho que os que defendiam a introdução da carteira profissional para os jornalistas, estavam certos. Matias Guente estaria desempregado. Tamanha burrice não pode ser escrita por um jornalista. Até parece daqueles malcriados cobradores do “chapa”.
Eu não me vou cansar. Vou dando aulas gratuitas a burros, como o Matias Guente. Não sei se vale de alguma coisa. Mas vou insistindo. Se a burrice não estiver fossilizada, um dia ele ainda ganha lucidez.
A primeira foto
e O Matias Guente Jornalista do Canal”.
Um abraço
Nini Satar