Renamo exige nomeações “efetivas” de seus oficiais nas FADM

A Renamo exige que o Governo reveja com urgência as “nomeações interinas” de oficiais oriundos da sua guerrilha para o quadro de dirigentes superiores na estrutura das FADM, anunciada na terça pelo Ministro da Defesa Nacional, Salvador Ntumuke.

O porta voz da Renamo, José Manteigas, disse ontem que as nomeações ferem o Memorando de Entendimento assinado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e pelo Coordenador Interino da Renamo, Ossufo Momade, em Agosto, o qual enquadra desmilitarização, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros da Renamo, um elemento essencial do processo de pacificação em curso.

De acordo com Manteigas, numa primeira fase deveriam ser feitas 14 nomeações e não apenas 3. Para Manteigas, as “nomeações interinas” representam uma violação gravosa do memorando. Manteigas disse que o documento não prevê “nomeações interinas” e apelou o Presidente da República a cumprir escrupulosamente o memorando, exigindo que se façam nomeações efetivas, nomeadamente de 14 oficiais superiores e generais da Renamo para dirigirem designadamente 3 departamentos do Estado-Maior General, 1 brigada, 2 batalhões independentes, 4 repartições do exército e 2 Estados-maiores de brigadas.

A Renamo diz que os 14 oficiais já foram patenteados em Agosto. Na terça-feira o Ministro da Defesa nomeou o Brigadeiro Xavier António para Diretor do Departamento de Operações, o Comodoro Inácio Luís Vaz para Diretor de Departamento de Informações Militares e o Brigadeiro Araújo Andeiro Maciacona para Diretor do Departamento de Comunicações no Estado Maior General.

(Carta)

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