O comité sindical das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) quer impedir que a companhia Ethiopian Airlines passe a ter uma subsidiária a fazer voos domésticos em Moçambique.
Contra todas as expectativas, e até contra aquilo que a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vem defendendo, o comité sindical desta companhia quer travar as investidas da Ethiopian Airlines no espaço aéreo moçambicano.
“Os trabalhadores da LAM pedem a quem de direito que reponha a legalidade e tome medidas no sentido de que sejam salvaguardados os interesses nacionais”, lê-se no comunicado, em poder de “O País”.
Mas o comité vai mais longe, “a Ethiopian Airlines não pretende servir os objetivos da economia nacional moçambicana”, mas sim, “alimentar e robustecer a economia etíope, através de um plano de expansão predatória”.
O grupo refere que a LAM deve ser preservada e defendida e nota que a nova gestão, empossada em Julho passado, “está a dar sinais de melhoria na operação da empresa”, até então prejudicada por atrasos e falhas nos voos.
Recorde-se que até 2017, só as Linhas Aéreas de Moçambique podia fazer voos domésticos, mas uma revisão à lei passou a permitir a entrada de outros operadores, o primeiro dos quais foi a Fastjet, que desde há um ano faz voos entre Maputo e algumas capitais provinciais.
O objectivo da alteração a lei da aviação civil, era tornar o sector mais competitivo e conseguir que os passageiros possam ter mais opções de escolha no momento de viajar.
O País