O presidente da Comunidade Islâmica de Moçambique, Abdul Rachid, voltou a negar que haja envolvimento de muçulmanos moçambicanos nos ataques terroristas que tem sido protagonizados na província de Cabo-Delgado. Rachid exortou ao Governo para não socorrer-se apenas ao uso da força para por fim aos crimes, mas tentar compreender as motivações e tomar as acções certas para eliminar os focos.
Rachid acredita que a principal razão dos ataques terrorista é financeira. “O solo de Cado Delgado oferece muita riqueza, e esta deve ser uma das causas. Criar confusão para poder estar a vontade e explorar essas riquezas”, disse.
Para o presidente da Comunidade Islâmica de Moçambique, o terrorismo está a ser alimentado por estrangeiros em conluio com moçambicanos de má-fé. “São forças externas que estão a vir para aqui. Eu acho que o nosso Governo devia estar atento e preocupar-se nisso e não estar a fechar mesquitas e acusar muçulmanos inocentes”, acrescentou.
Rachid defende que o uso da força para eliminar as acções de terrorismo em Cabo-delgado não é a única via ideal para por fim dos actos macabros.
“Eu acho que o Governo devia pensar de uma forma diferente e saber qual é a causa que leva a haver actividades terroristas; não são os muçulmanos” “Fechar as mesquitas e perseguir muçulmanos inocentes não vai resolver nada, pelo contrário, vai criar um mal-estar na família muçulmana”
O País