A POPULAÇÃO do distrito de Marínguè, em Sofala, exigiu esta semana a retirada imediata e incondicional do administrador local, Francisco Garife, por alegado abuso de poder, arrogância e prepotência.
A insatisfaçãofoi manifestada na vila-sede distrital, no contacto que a população teve com a governadora da província, Maria Helena Taipo, que trabalhou neste ponto de Sofala.
Falando em nome da população, Joaquim Mirione, que por sinal é antigo combatente, realçou que tal preocupação deve ser comunicada ao Presidente da República, Filipe Nyusi.
Acrescentou que caso a governadora de Sofala não faça chegar esta intenção ao Chefe do Estado, ele vai informar pessoalmente a Filipe Nyusi durante a presidência aberta.
Mirione disse que se o Governo não retirar o administrador Garife de Marínguè, os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro de 2019 serão catastróficos para Frelimo no distrito.
Oproblema de fundo, segundo afirmou, é o mau relacionamento entre administrador e a comunidade de Marínguè, que se traduz na ausência de diálogo, sobretudo com os combatentes, a OMM e a OJM.
A mesma inquietação foi apresentada pelo secretariado do comité distrital da Frelimo em Marínguè, que chegou a ponto de exigir a realização duma conferência extraordinária para a eleição de novos órgãos do partido. O comité distrital de Marínguè é chefiado por Manuel Bitone.
Maria Miquitaio, membro da OMM em Marínguè, alinhou no mesmo diapasão, aconselhando a governadora de Sofala a antecipar-se a um cenário que desmotiva a comunidade a colaborar nas actividades planificadas pelo Executivo.
Em resposta, Helena Taipo prometeu voltar a Marínguè com uma equipa,para melhor aferir os problemas colocados, dentre os quais a má qualidade das obras, elevada taxa no consumo de energia eléctrica e extorsão pelos membros da PRM.
Horácio João