O Presidente da República, Filipe Nyusi, apela à tolerância entre os moçambicanos e ao respeito pelo pensamento dos outros, sustentando que é a única forma de garantir paz e harmonia entre as pessoas.
Falando ontem num comício popular na localidade de Muzamane, distrito de Mandlakazi, Nyusi apontou que não há razões para os moçambicanos se matarem por causa de diferença de ideias.
Os moçambicanos, segundo o Presidente da República, já identificaram o seu inimigo, que é a pobreza. Por isso, devem unir-se para aumentar a produção.
“Não entendo porquê as pessoas têm de se matar porque o inimigo, que é a pobreza, já está identificado”, disse.
Nyusi fez lembrar que este pensamento começou precisamente na província de Gaza, quando Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frelimo, decidiu abraçar a causa da libertação de Moçambique do jugo colonial.
Destacou que, na altura, existiam três movimentos com pensamentos diferentes a lutarem pela mesma causa, e respeitando a diferença de pensamento, conseguiu uni-los pela mesma causa, que era a conquista da independência de Moçambique.
“Eu respeito as ideias de todos os moçambicanos, mas todos devem também respeitar as minhas ideias. Ninguém pode ficar com armas em casa porque estas devem ficar com a polícia”, disse Nyusi, sublinhando que todos os cidadãos devem trabalhar unidos no combate à fome.
“A fome não se combate com palavras e nem reuniões, mas com o espírito de trabalho. Temos que aumentar a produção para reduzir o custo de vida e viver em paz”, frisou.
Na ocasião, o Chefe do Estado destacou que no processo de busca da paz, os moçambicanos são chamados a organizar-se para usufruírem os ganhos neste processo.
Apelou aos munícipes para se recensearem, enaltecendo o facto de Gaza ser a província que mais eleitores recenseou até agora.
Ainda no distrito de Mandlakazi, Nyusi inaugurou, no povoado de Magoene, o primeiro matadouro destinado ao abate e à comercialização de frangos naquela província, que tem a capacidade de abate de 12 mil aves por dia, na proporção de 1500 frangos por hora, empregando 197 trabalhadores.
Filipe Madinga, da AIM