Um grupo de homens armados que protagonizam ataques em Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, entregou-se as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estacionadas naquela região, noticia a AIM.
Os indivíduos alegam que decidiram entregar-se em cumprimento ao apelo lançado pelo comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) como forma de evitar serem considerados terroristas.
Na semana passada, escreve a agência, dois membros deste grupo foram mortos pelas FDS, um dos quais estrangeiro de origem asiática.
As autoridades dizem estar a trabalhar para a neutralização de outros três estrangeiros que se suspeita serem os cabecilhas do grupo.
Os indivíduos referidos terão entrado em Moçambique através da fronteira da Namaacha vindos da Suazilândia, e viajaram para Nampula de autocarro saído da terminal rodoviária da Junta em Maputo e depois num outro para Pemba e depois para Mocímboa da Praia.
A fonte detalha ainda que estes indivíduos desembarcaram a escassos quilómetros da vila-sede de Mocímboa da Praia, tendo sido recebidos por jovens que se faziam transportar em motorizadas que os levaram para as matas.
O balanço das operações que estão a ser levadas a cabo, desde o dia 5 de Outubro último, indica que em conexão com os ataques foram detidas 470 pessoas e lavrados 370 processos-crime e soltos 100 indiciados por falta de provas.
Dos envolvidos 314 são moçambicanos, 52 tanzanianos, um somali e três ugandeses.
Nestas operações foram capturadas sete armas de fogo, 554 munições de pistola e de AK-47 e apreendidas viaturas que eram usadas nas incursões.
O País