Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, denuncia plano de sequestro do seu candidato
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, ameaçou abandonar as negociações de paz se se mantiver um plano de fraude na votação da segunda volta das intercalares na província de Nampula da quarta-feira, 14, com a votação de não residentes.
Em declarações à VOA nesta terça-feira, 13, Dhlakama, denunciou que jovens oriundos das provincias de Maputo, Manica, Sofala, Tete e distritos de Moma (Nampula) foram contratados para votar a favor do candidato da Frelimo, Amisse Cololo, em troca de valores monetários e sob a protecção de uma força que foi enviada de várias províncias.
“Para umas eleições intercalares como de Nampula, não sei porque existe tanta força até enviada de outras provincias”, questionou Afonso Dhlakama, para depois ameaçar largar as negociações de paz, “caso os jovens importados para Nampula votem nas eleições de quarta-feira”.
Tentativa de sequestro do candidato em Nampula
O líder da Renamo também denunciou um plano de sequestro do candidato do seu partido, Paulo Vahanle, por um grupo de operativo enviado a Nampula, antes da votação de amanhã.
Afonso Dhlakama, que falava por telefone a partir da serra da Gorongosa, disse que o plano inicial de sequestro de Vahanle falhou durante a campanha eleitoral, e um segundo plano está a ser colocado em marcha para baralhar a segunda volta das eleições intercalares.
“Há um plano de sequestro do nosso candidato antes da votação de amanhã e eu já lhe informei para andar atento”, disse o líder do maior partido da oposição, adiantando que os operativos que devem avançar com o sequestro “não tiveram o plano concluido até às 21 horas do dia 12 de Março”.
No domingo, no fecho da campanha eleitoral, uma viatura infiltrada seguiu marcha e embateu contra a viatura onde seguia o candidato da Renamo, tendo de seguida o motorista se entregue ao comando da Polícia.
Hoje, os eleitores daquela cidade regressam às urnas para eleger o sucessor de Mahamudo Amurane, assassinado a tiro em Outubro do ano passado.
Fonte: VOA