Pelo menos três indivíduos, fazendo-se transportar numa viatura sem inscrições e empunhando armas de fogo, assaltaram na manhã de ontem, na Beira, uma trabalhadora da empresa Ferrox, identificada por Zarina Mariana Gildo, tendo-se apoderado de 720.500 meticais defronte do Banco Único (BU) junto ao “Diário de Moçambique”.
O roubo, ocorrido por volta das 7:00 horas, aconteceu quando Zarina Mariana Gildo, trabalhadora daquela firma, acabava de chegar ao estabelecimento bancário, mas antes de entrar, para proceder ao depósito do valor resultante das vendas de materiais de construção.
Na altura, a parte exterior do Banco Único estava sob vigilância de um agente de segurança da empresa G4S, antes da chegada do agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), que tem reforçado a protecção daquela casa e dos seus clientes.
O “Diário de Moçambique” apurou que os membros da PRM que se alternam no referido local somente ocupam os seus postos cerca das 8: 00 horas, quando o BU começa a atender o público.
Testemunhas oculares contaram que os bandidos chegaram ao local do assalto a mesma hora que a trabalhadora da Ferrox descia do carro que a transportava em direcção ao interior do banco, facto que dá a entender que havia uma seguida, sem se aperceber.
Já no local, os assaltantes dispararam alguns tiros, tendo um deles atingido uma viatura de marca Toyota, com a chapa de inscrição ACR 181 MC, que se encontrava estacionada, tendo, na sequência disso, ficado com vidro de um dos lados quebrado.
Outra testemunha entrevistada pelo “Diário de Moçambique” disse que a bala que alcançou a viatura tinha como alvo o agente de segurança da G4S que protegia o banco que, na altura, em reacção, tentava usar a sua arma para impedir a consumação de assalto à mulher.
“O carro dos bandidos chegou na hora que a mulher descia da sua viatura. Já fora do carro, foi interceptada pelos bandidos que dispararam tiros e de seguida arrancaram as pastas e puseram-se em fuga, a alta velocidade, em direcção a Ponta-Gêa” – referiu.
A vítima do roubo, Zarina Mariana Gildo, disse que sempre se tem dirigido àquele banco antes da hora da abertura ao atendimento público, que é as 8:00. “Quando chego antes das 8:00 horas, o banco atende-me. Não me apercebi que estava a ser seguido por bandidos. Fiquei a saber disso após o assalto, que aconteceu no momento que estava a descer do carro em direcção ao interior do banco”, disse.
Referiu que tentou resistir à agressão protagonizada por dois bandidos. Mas, quando dispararam, teve medo. Eles aproveitaram-se do momento para arrancar as pastas que continham o dinheiro.
“Dois bandidos interceptaram-me. Outros estavam no interior da viatura. Não me bateram. Apenas os disparos pregaram-me susto e medo” – referiu, depois de ter sido ouvida por agentes da 1ª Esquadra da PRM.
Fonte: Diário de Moçambique