O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) moçambicano vai interromper o calendário escolar, entre 14 de Julho e 18 de Agosto, para permitir que os professores e alunos participem no IV Recenseamento Geral da População.
Na sequência da interrupção, o ano lectivo de 2017 vai terminar a 28 de Dezembro e não em Novembro como tradicionalmente acontece no país. Devido ao censo, que vai decorrer entre 01 e 15 de Agosto, as aulas arrancaram mais cedo este ano, tendo-se iniciado a 20 de Janeiro e não em Fevereiro, como habitualmente.
O terceiro trimestre vai decorrer de 21 de Agosto a 24 de Novembro e as matrículas para os novos ingressos na primeira classe serão realizadas de 20 a 24 de Novembro e para a 7ª classe vão decorrer de 27 a 29 de Novembro.
Os exames da 10ª e 12ª classe terão lugar de 04 a 06 de Dezembro, devendo o ano lectivo encerrar no dia 28 de Dezembro.
O Instituto Nacional de Estatísticas prevê registar 27 milhões de habitantes no âmbito do IV Recenseamento Geral da População e Habitação.
“Em 2007, o censo apurou que éramos 20,8 milhões (de habitantes), em 2017, de acordo com as nossas projecções, a população do país está estimada em cerca de 27,1 milhões”, um crescimento de 30%, disse Cirilo Tembe, numa entrevista à Lusa, em Junho.
A estimativa é calculada a partir dos dados de 2007 usando fórmulas matemáticas habituais neste tipo de cálculos estatísticos. Por outro lado, o censo visa apurar o tipo de habitação usada pelos moçambicanos.
O custo do IV Recenseamento Geral da População e Habitação está estimado em 75 milhões de dólares, dos quais 45 milhões serão despendidos durante o censo, afirmou Cirilo Tembe.
O primeiro Recenseamento Geral da População em Moçambique foi realizado em 1980, cinco anos após a independência, seguindo-se os de 1987, 1997 e 2007, com um intervalo de dez anos entre cada um, como recomendam as práticas internacionais sobre censos populacionais.