A UNIÃO Europeia anunciou, esta semana, que vai injectar 740 milhões de dólares ao Orçamento do Estado (OE) nos próximos cinco anos, ao abrigo do programa de apoio programático aos projectos de desenvolvimento em Moçambique. O montante destina-se a financiar os programas de abastecimento de água, energias renováveis, agricultura bem como para projectos de geração de emprego nas zonas rurais.
A disponibilidade deste montante foi anunciada pelo embaixador da União Europeia em Moçambique, Sven Burgsodorf, na cidade de Inhambane, no quadro de uma visita que efectuou a esta parcela do país.
De acordo com o diplomata, a retomada a médio prazo do apoio financeiro está ainda dependente do progresso das acções que estão sendo desenvolvidas pelo Governo moçambicano no âmbito das recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), visando tornar a dívida pública sustentável.
Sven Burgsdorf manifestou-se, entretanto, satisfeito com os avanços que se registam no diálogo entre o Governo do nosso país e o FMI, uma das condições não só para esta instituição financeira mundial voltar a desembolsar fundos, mas também para os países integrantes da UE retomarem a ajuda aos vários programas de desenvolvimento.
“Estamos informados sobre os aspectos positivos que Moçambique está a desenvolver para a implementação das políticas macroeconómicas e fiscais para a sustentabilidade da dívida pública. Temos mecanismos de coordenação entre membros da UE e o FMI, portanto, há vontade de parte a parte para a retomada, o mais breve possível, do apoio de todos programas de desenvolvimento em todo território nacional”, afirmou Burgsdorf.
O diplomata, que se deslocou à província de Inhambane para visitar e acompanhar o progresso dos projectos financiados pela sua instituição, também manifestou a sua preocupação pelo recrudescimento das acções armadas perpetradas pela Renamo nas regiões centro e norte do país.
Para o diplomata, a via militar não é a mais adequada para a resolução de diferendos políticos, daí que os moçambicanos deviam capitalizar o diálogo como a única plataforma para ultrapassar as diferenças que os dividem.
“Espero progressos no diálogo das partes, explorando o máximo a presença dos mediadores internacionais porque, na verdade, quem deve resolver estes problemas são os próprios moçambicanos e não outras pessoas”, afirmou o embaixador.
In:http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2016/11/apoio-ao-oe-nos-pr%C3%B3ximos-5-anos-uni%C3%A3o-europeia-promete-740-milh%C3%B5es-de-d%C3%B3lares.html#more