O número de moçambicanos que gasta menos de 30 meticais por dia reduziu de 51,7%, em 2007, para 46,1%, em 2015. Em outras palavras, a pobreza diminuiu 6% em oito anos, segundo as conclusões do Inquérito de Orçamento Familiar.
A avaliação da pobreza é baseada em 10 critérios, nomeadamente, características demográficas, emprego, despesas diárias, consumo doméstico, posse de bens duráveis, condições habitacionais, ofertas e transferências recebidas e pagas, receitas de várias fontes, calamidades naturais e nutrição das crianças.
Apesar dos avanços na redução da pobreza, o estudo do Ministério da Economia e Finanças revela desigualdades entre o campo e a cidade. Nas zonas urbanas, as pessoas abaixo da linha de pobreza diminuíram de 46,8% para 37,4%, o correspondente a 9,4%. Nas zonas rurais, a pobreza desceu menos, saindo de 53,8% para 50,1%, uma queda de 3,7%.
Por outro lado, a pobreza não reduziu em todas as províncias. Em Niassa aumentou de 33% para 60,6%; em Cabo Delgado, de 39% para 44,8 %; e em Nampula, de 51,4% para 57,1%.
As cheias nestas zonas comprometeram 65 mil hectares de culturas agrícolas, além de ter faltado energia durante três meses.
A Quarta Avaliação da Pobreza e Bem-estar aponta o desenvolvimento do capital humano e social, a promoção do emprego e melhoria da produtividade e competitividade e o desenvolvimento das infra-estruturas económicas e sociais como saídas para baixar os níveis de pobreza.
(O País)