A Frelimo pediu à Procuradoria-Geral República a ilegalização do principal partido de oposição em Moçambique. O partido no poder acusa a Renamo de perpetuar ataques que estão a matar civis e a desestabilizar o país.
O pedido foi feito na Assembleia da República onde está reunido o governo com os partidos para responder às perguntas das três bancadas parlamentares. Durante a sessão, o deputado da Frelimo, Agostinho Vuma apelou à Procuradoria-Geral da República para proceder à ilegalização da Renamo como partido político.
“Os ataques a unidades sanitárias, aos autocarros comboios de transporte de passageiros e mercadorias são praticados e instigados pelo mesmo partido político. Reiteramos o nosso apelo à Procuradoria-Geral da República que desencadeei o processo de ilegalização da Renamo. Uma vez que ela insiste em agir contra as leis, assim como condenamos toda a tentativa de afronta ao nosso Estado“.
Por sua vez a oposição acusou a Frelimo de ser responsável pela intolerância política que se vive no país e, caracterizada por rapto e assassinato de membros da Renamo e a detenção de membros e simpatizantes do MDM.
Na sessão de dois dias a Frelimo, Renamo e MDM vão questionar o executivo representado pelo Primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário, sobre a situação económica do país, a dívida pública e a subida dos preços dos combustíveis. Os partidos políticos vão ainda questionar os responsáveis sobre a existência de esquadrões da morte, segundo eles, criada para silenciar a oposição ou vozes contrárias ao regime.
(RFI)