Chissano diz que muitos actores principais que podiam ajudar a esclarecer acidente de Mbuzine morreram

Segundo o jornal O País, O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, diz que muitos actores principais que podiam ajudar a esclarecer a morte de Samora Machel estão mortos. O ex-Chefe de Estado diz ainda que o segredo sobre a causa do acidente estava no exército sul-africano e considera que agora é difícil esclarecer o caso.
 
É uma missão que considero difícil porque se fosse eu a ser incumbido não saberia como andar. Talvez tínhamos que nos reunir de novo com os camaradas da África do Sul e saber como é? Sabemos que eles não herdaram o Apartheid. Não é agora que iríamos a África do Sul dizer aos sul-africanos que agora vocês têm essa responsabilidade. Eles também estão interessados em descobrir como tantos outros crimes que foram cometidos na África do Sul”, disse.    

Chissano falava ontem após o fim da cerimónia oficial dos 30 anos da morte do primeiro Presidente de moçambicano, realizada na Praça dos Heróis, na cidade de Maputo. O antigo Presidente da República afirmou ainda que esclarecer agora as causas do acidente que matou Samora Machel é uma missão difícil.

O antigo governante explica também que Nelson Mandela estava interessado em esclarecer o acidente que vitimou Samora, em 1986, mas as figuras-chave do processo não aceitaram falar nas investigações e agora já não é possível porque estão mortas.

O antigo Presidente da República fala ainda do secretismo que havia no exército sul-africano, na época do Apartheid, que não ajudou na investigação. 

Para não repetir o que tem sido dito no dia da morte do primeiro Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano optou por lembrar que apesar de ser considerado obreiro da paz, pelos acordos de 1992, Samora foi a primeira pessoa que estendeu a mão a Renamo para haver reconciliação e paz no país.

Quanto ao esclarecimento da morte de todas as pessoas que estavam no voo, incluindo Samora Machel, Joaquim Chissano diz que é preciso ter esperança, porque esta é a última a morrer.
Fonte: O País

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