A circulação de motorizadas e viaturas na calada da noite até a madrugada na Vila Municipal de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado levou as autoridades municipais a restringirem a circulação. Segundo a Presidente do Município, Helena Bandeira, que falava em entrevista exclusiva concedida à Televisão de Moçambique (TVM) disse que não se trata de recolha obrigatório, mas sim uma medida restritiva.
A edil de Mocímboa da Praia explicou que “não é bem recolha obrigatório, nós circulamos. É uma restrição. Uma forma de segurança para nós, para podermos manter a vigilância por causa da situação que nós já tivemos nos anos passado. Há circulações nocturnas estranhas de pessoas e isto nos deixa um bocadinho inquietos e incomoda-nos, principalmente motas e viaturas estranhas (…) são as motas que nos trazem histórias (…) não nos deixam a vontade, a partir de uma, duas até quatro horas, eles só descansam quando já são cinco horas da manhã e isto nos deixa indignados (…) mas até 22 horas existe circulação da população e nós convivemos, dançámos, temos festas, casamentos, etc.”
Helena Bandeira disse que “temos que ser muito honestos e sinceros, e não podemos esconder coisas feias nas nossas casas. Em algum momento nós temos medo de falar porque vimos alguém estranho na casa do vizinho. A população diz que eu não posso falar, porque estamos numa situação desconfortável e não estamos numa situação de guerra, não [IMN].”
De referir que segundo a TVM, há dias as FDS de Moçambique e Ruanda expulsaram os terroristas no Posto avançado de Natuco, em Quiterajo, no distrito de Macomia, onde abateram cinco terroristas, levando vários outros a fugirem para Namarrussia, onde a perseguição prossegue com vista a estancar de uma vez o grupo que desde outubro de 2017 vem semeando luto e dor para as populações e as famílias dos militares presentes no Teatro Operacional Norte (TON). (INTEGRITY)