Os últimos dias no País, e em especial na cidade de Maputo, tem se vivido episódios dignos de filmes de Hollywood, com protagonistas de máfias italianas e Russas, havendo um rapto a cada semana, em plena luz do dia, contando com homens totalmente armados com armas iguais as usadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM).
Reagindo á esses eventos, Membros da comunidade Islâmica de Moçambique, Provedor de justiça, a polícia a nível da cidade de Maputo, Organização Islâmica combate contra crime organizados e outros segmentos, reuniram-se nesta sexta-feira na capital do país para falar sobre o assunto e debater sobre os seus efeitos.
Durante o evento, um representante da Comunidade Muçulmana de Moçambique, Nazir Lunat, que teve o seu pai sequestrado há anos atrás e tendo sido cobrado 10 milhões de dólares, partilhou o martírio vido pela família na época. Na altura, diz que, a família contactou até serviços secretos dos Estados Unidos da América, para tentar salvar o seu pai ora sequestrado por uma industria de rapto que envolve membros altos do Estado Moçambicano.
“Os elementos do governo Estão envolvidos com o sindicato de raptos. Não estou a dizer que todos os elementos do Estado estão envolvidos. Mas que são alguns elementos do estado da alta patente, é verdade”, sentenciou Lunat.
Este, também, acusou o Serviço de Investigação Criminal (SERNIC) e o Serviço de Investigação e Segurança do Estado (SISE) de estar á disposição de expedientes políticos e não realmente de proteção de Estado, e têm conhecimento sobre os contornos da indústria dos raptos no país.
“Quando pagamos a primeira prestação [dos 10 milhões de dólares exigidos como resgate na altura], recebi uma chamada para ir na SERNIC, na sede para dizer quanto nós pagamos”, disse o membro da comunidade muçulmana, dando a entender que o SERNIC já sabia de todos os seus passos.
Durante o encontro, falou também o comandante da polícia a nível da cidade de Maputo, que garantiu que tudo está sendo feito de modo a estancar e travar a referida indústria que retrai empresários e desemprega vários trabalhadores.
De recordar que o último sequestro ocorreu na semana no princípio da semana, quando quatro indivíduos fortemente armados sequestraram um jovem de antecedência asiática quando saia de sua residência em direcção ao seu posto de trabalho. Portanto, á porta de casa. (BN)