É mais um caso caricato relacionado com os jogos de azar na República de Moçambique. Desta vez, trata-se de um estudante universitário de 27 anos e a frequentar o curso de biologia numa universidade pública na cidade de Lichinga, na província de Niassa que por volta das 11 horas da última terça-feira (30.04) decidiu se suicidar após perder 30 mil meticais no Aviator.
Segundo apuramos, o estudante de 27 anos, natural de Metangula, no distrito de Lago, suicidou-se após ter se envolvido em jogos de aposta denominado por Aviator, tendo na ocasião perdido 30 mil meticais. Frustrado com a situação, o finado que preferimos não citar o nome, recorreu a uma corda, amarrou numa árvore e colocou-a no pescoço, tendo perdido a vida de imediato.
A situação de suicídios relacionados com os jogos de azar está a tornar-se preocupante nos últimos anos em Moçambique, onde vários jovens na expectativa de ganhar mais algum dinheiro acabam optando pelo suicídio sempre que perdem nas apostas que fazem.
Relacionado com os jogos de azar, a psicóloga Tauama Moraes explica que “a essência desses jogos reside na incerteza do desfecho, que não pode ser predito com base em habilidade ou estratégia previsível. Os jogadores participam apostando dinheiro ou bens em uma tentativa de obter ganhos com base no resultado incerto. Essa imprevisibilidade é o que atrai muitas pessoas para os jogos de azar.”
Numa pesquisa feita pela “Integrity”, constatamos que uma das consequências dos jogos azar é a “compulsão descontrolada que é a incapacidade de parar de jogar, mesmo quando há consequências negativas”. “Preocupação constante: que são pensamentos incessantes sobre jogos, negligenciando responsabilidades diárias”. “Mudanças comportamentais: irritabilidade, ansiedade ou depressão associados ao jogo.”
De referir que a situação dos suicídios nos jogos de azar tem afectado mais os agentes da Lei e Ordem, Professores, Guardas Prisionais e desta vez foi um estudante universitário. (O. Omar)