Mulheres que estão sob situação de stress são mais propensas a conceber bebés do sexo feminino. De acordo com estudo recém-divulgado, realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, em conjunto com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, aquelas que estão sob pressão em casa, no trabalho ou na vida amorosa, nas semanas ou meses anteriores à concepção, diminuem a probabilidade de ter um bebé do sexo masculino.
Cortisol elevado pode ser o responsável pela descoberta
O estudo é o primeiro a relacionar o fenómeno com o stress e as tensões quotidianas. A pesquisa, que reuniu 338 mulheres do Reino Unido que tentavam engravidar, colectou informações diárias sobre a vida pessoal e sexual das participantes, a partir de questionários que demonstravam o que estavam sentindo em determinada situação.
O cortisol, hormônio associado ao stress, também foi medido nessa fase. Os níveis desse hormônio costumam subir quando há stress a longo prazo, geralmente relacionado a pressões no trabalho e problemas nos relacionamentos.
Para sustentar os dados da pesquisa, os pesquisadores observaram que o número de nascimento de meninos caiu drasticamente após o atentado de 11 de Setembro, nos Estados Unidos, ou a crise económica posterior à queda do Muro de Berlim, na antiga Alemanha Oriental, em 1991.
Stress diminui a chance de ter um menino em 75%, diz pesquisa
Entre os bebés nascidos durante a pesquisa, 58 eram meninos, enquanto 72 do sexo feminino. Normalmente, a taxa da Grã-Bretanha prevê 105 meninos nascidos para cada 100 meninas. Os resultados indicariam que mulheres sob situação de stress têm chances 75% menores de conceber um menino do que aquelas que se encontram tranquilas.
Ainda não existem dados conclusivos sobre o motivo dos altos níveis de cortisol reduzir as chances de ter um menino, mas é possível que altas taxas desse hormónio dificultem a implantação de embriões do sexo masculino no útero da mãe.
Outra hipótese seria a fragilidade dos bebés do sexo masculino, que apresentariam mais chances de sofrer aborto quando os níveis de cortisol estão altos, justificando a maior taxa de nascimento de meninas. Os pesquisadores explicam que o número de mulheres pesquisadas é pequeno e são necessários novos estudos para compreender o mecanismo.
Fonte: saudeemgeral.com.br