Passam 15 hoje anos desde que morreu Zaida Lhongo. A morte precoce da cantora chocou os fãs e empobreceu o mundo do espectáculo musical no país.
Criticada por alguns e admirada por muitos, Zaida Mucavele, nome de solteira, nasceu em Xai-Xai, província de Gaza no dia 17 de Junho de 1970.Casou-se Com o músico Carlos Lhongo no ano de 1983, com quem passou a partilhar palcos e coreografias.
Foi primeiro bailarina e depois cantora. Fez fundamentalmente música de intervenção social: Condenou o aborto em cancões como drenagem, criticou a prostituição infantil em Zabelane e insurgiu-se contra a corrupção, defendendo as mulheres “mukheristas” contra as investidas de agentes alfandegários corruptos na fronteira de Ressano Garcia na música alfandega.
Dançou e fez dançar multidões. Bastante arrojada nos palcos, introduziu um estilo de dança demasiado ousado para a sua época que, entretanto, inspirou gerações e é bastante seguido pelos artistas da actualidade.
Zaida Lhongo morreu vítima de doença aos 34 anos de idade no dia 4 de Junho de 2004 e o seu funeral: pelo menos em termos de participação popular: só pode ter sido superado pelo do primeiro presidente da República Samora Machel.
O cemitério de Lhanguene foi pequeno para acolher o funeral da cantora que teve inclusive pessoas penduradas em cima de árvores para testemunhar o derradeiro momento da passagem de Zaida Lhongo pela face da terra.
Entre os sucessos de Zaida Lhongo destaque vai para músicas como Sibo, Kiribone, alfândega e drenagem.
No mais prestigiado concurso de música promovido pela rádio pública nacional, Zaida Lhongo conquistou praticamente todos os mais importantes prémios. Foi a canção mais popular em 1995, a Melhor canção em 1996, Prémio imprensa em 1994 e revelação em 1993.
O País