O Governo moçambicano tem ainda uma dívida de 3,3 mil milhões de Meticais, relativos ao pagamento de horas extras aos professores. A informação foi avançada pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que explicou que o valor é referente aos dois últimos anos.
“Está a ser pago de acordo com o programa que as escolas e aqueles que têm direito já foram informados. Como sabe, o processo vai, primeiro, para a inspecção, inspecção termina e, depois, vai-se para o processo de pagamento, mas estamos a trabalhar para que também esse assunto seja resolvido”, disse o primeiro-ministro.
Sobre o atraso no pagamento de salários a professores recém-contratados, Maleiane suspeita de burocracia processual. “Quem trabalha tem de receber e, para este caso particular, não tenho ainda informação, mas, seguramente, só havendo problemas de burocracia, porque, por aquilo que eu estou a acompanhar, o processo de vencimento está a correr normalmente. Então, não sei se é um caso específico, mas os salários mensais, a que eles têm direito, nós não temos o registo”.
Contudo, Maleiane reconheceu que há uma dívida aos professores relativas às horas extras, mas o salário normal, segundo disse, “está em dia”.
O jornal O País interpelou o primeiro-ministro depois da abertura da quarta Conferência Nacional dos Advogados, que decorre na Cidade de Maputo.