O partido Frelimo acusa os gestores do Conselho Municipal da Beira de estarem a fazer aproveitamento político do processo de pagamento das indemnizações aos antigos trabalhadores da extinta empresa dos Transportes Públicos da Beira.
Cerca de uma semana depois de o Município da Beira ter dado início ao processo de pagamento de indemnizações a perto de 200 trabalhadores da extinta empresa dos Transportes Públicos da Beira, actual Transportes Municipais da Beira, tal como noticiou “O País”, a bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira (AMB) veio questionar o processo.
A Frelimo entende que os gestores municipais estão a fazer aproveitamento político deste “dossier”.
“A transferência dos trabalhadores da gestão da empresa ditava que o Conselho Municipal da Beira pudesse, na sua plenitude, arcar com todas as despesas, mas eles foram expulsos. E, hoje, o Conselho Municipal diz estar a pagar. Isso é uma falácia. É uma mentira grosseira para poder ludibriar a opinião pública e aparecer como um bom samaritano no meio do diabo”, acusou Manuel Severino, chefe da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira.
Severino disse ainda que “é isso que nós pudemos perceber da parte do Conselho Municipal da Beira, neste caso na pessoa do presidente.”
Este processo das indemnizações durou cerca de seis anos para ser encerrado, porquanto a edilidade recusava em assumir a dívida, alegando que a mesma era da responsabilidade do Governo.
Entretanto, após a formalização de um acordo de trespasse assinado em meados de 2017, o processo começou a avançar.
O braço-de-ferro levou o assunto ao tribunal, tendo o órgão decidido que o Município da Beira devia pagar a indemnização no valor de 40 milhões de Meticais.