Apreendidos no Porto de Maputo sacos contendo 651 pontas de marfim com destino à Dubai

Segundo escreve o Moçambique Bio, a sua equipa de reportagem recebeu de fonte seguras informações que indicam que o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e Autoridade Tributária de Moçambique (AT) interceptaram na quinta-feira, 21 de março de 2024, por volta das 11h00, depois de uma suspeita de que num contentor de vinte pés com número CRXU3427102, selo 206897, de cor castanha que se encontrava na DP World pronto para embarcar num navio continha pontas de marfim.

De acordo com a informação avançada pelo MZ Bio, foi feita uma examinação (Kudumba) ao contentor da DP World de imediato e foi constituída uma equipa multissectorial composta pelo SERNIC, Alfândegas, PTC e a PPRNMA, de modo a proceder com o exame físico e detalhado.

Após o exame minucioso foi constatado existência de espécies proibidas denominada pontas de marfim empacotados em sacos de cor branca, em uma quantidade de 651 (seiscentos e cinquenta e uma unidades), estás espécies foram arrumadas na parte central do interior do contentor e na tentativa de ludibriar as autoridades, foram arrumados ao redor sacos de milho para dar entender que tratava-se de milho, ademais tinha como destino Dubai, no entanto seguir-se-á a pesagem do produto e posteriormente diligências para identificar o exportador e despachante aduaneiro.

O Advogado David Ucama disse em exclusivo ao Moçambique Bio que o SERNIC deve comunicar a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) para se fazer a perícia destes produtos apreendidos.

“O SERNIC vai comunicar à ANAC para se fazer a perícia e ser o fiel depositário como tem sido habitualmente”, explicou o advogado em matéria de Conservação da Biodiversidade, David Ucama.

Moçambique Bio ouviu um Especialista Moçambicano em Crime de Vida Selvagem que pediu anonimato tendo dito que:

“Pelas fotos que tive acesso e o que vi, pela qualidade do marfim, deve ser um produto de vida selvagem proveniente não sou de Moçambique, como também de crime organizado instalado nos países vizinhos. Estes queriam usar o Porto de Moçambique para exportar o produto”, detalhou o Especialista Moçambicano em Crime de Vida Selvagem.

Moçambique Bio contactou o Porta-Voz nacional do SERNIC, Leonardo Simbine, tendo informado que Autoridade Tributária de Moçambique está a preparar-se para dar uma conferência de imprensa sobre o assunto.

Segundo a informação que Moçambique Bio teve acesso diligências estão em curso para localização do proprietário da mercadoria. (MZ Bio/IMN)

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