Covid-19: Portugal entrou em situação de calamidade esta quinta-feira

Portugal entrou, esta quinta-feira, em situação de calamidade devido ao aumento do número de casos de covid-19. Há novas regras para travar a expansão da pandemia e o Governo quer tornar obrigatório o uso de máscara na rua e a utilização da aplicação de rastreio StayAway covid “em contexto laboral ou equiparado, escolar e académico”.

O nível de alerta em Portugal continental aumentou de situação de contingência para situação de calamidade que se vai manter, pelo menos, até 31 de Outubro. Passam a entrar em vigor oito novas regras, como a limitação de ajuntamentos a cinco pessoas na via pública e em outros espaços de natureza comercial e de restauração, excepto se pertencerem ao mesmo agregado familiar.

Depois, os casamentos ou baptizados passam a estar limitados a um máximo de 50 participantes. Nas universidades e politécnicos, passam a ser proibidas festas que não tenham a ver com as aulas, como as recepções aos caloiros e praxes.

Esta quinta-feira, o Governo entregou, no parlamento, a lei que torna obrigatório o uso de máscara na rua e a “utilização da StayAway covid em contexto laboral ou equiparado, escolar e académico”, sob pena de multa até 500 euros. O executivo propôs que o diploma seja debatido na próxima quinta-feira, de acordo com a agência Lusa.

A PSP, GNR e ASAE vão reforçar a fiscalização das regras de controlo da pandemia de covid-19 na via pública e junto dos estabelecimentos comerciais e de restauração.

A Região Autónoma da Madeira está já em situação de calamidade, bem como as cinco ilhas dos Açores com ligações aéreas ao exterior do arquipélago (São Miguel, Santa Maria, Terceira, Faial e Pico). As restantes quatro ilhas açorianas (Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo) estão em situação de alerta.

Na quarta-feira, Portugal alcançou o número diário de casos de covid-19 mais elevado desde o início da pandemia: 2.072. De acordo com a Direcção-Geral da Saúde, a covid-19 provocou a morte de 2.117 pessoas em Portugal e infectou 91.193.

Em entrevista a ser publicada esta sexta-feira, no jornal Público, o primeiro-ministro português, António Costa, disse que as novas medidas surgiram porque era preciso dar um abanão ao país para que se alterem comportamentos.

Senti muito claramente que era preciso haver um abanão na sociedade”, reconheceu António Costa, acrescentando: “O tempo foi passando, as pessoas foram ficando saturadas, foram-se habituando ao risco ou desvalorizando o risco porque a faixa etária [dos contágios] foi mudando”.

Fonte: RFI

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