Este vai ser provavelmente um dos maiores artistas a impactar a África.
Wakanda é uma país fictício localizado na África subsariana presente nas histórias em quadrinhos publicadas pela Marvel Comics, e em outras mídias baseadas nestes.
A nação fictícia, conhecida dos fãs de quadrinhos há anos, voltou a ganhar grande notoriedade ao aparecer no Universo Marvel Cinematográfico, em especial no filme de 2018 Pantera Negra.
Akon diz que ‘Wakanda da vida real’ já está sendo construída no Senegal:
Cantor de origem africana fala ao G1 sobre lugar inspirado em ‘Pantera Negra’. Cidade futurista terá faculdades, ginásios, aeroporto e criptomoeda Akoin. ‘Meta é construir um legado.’
São dois os principais projetos do cantor de origem senegalesa:
Akon Lighting Africa leva eletricidade para 15 países da África com 100 mil lâmpadas e energia solar em 480 comunidades, criando mais de 5 mil empregos;
E a criação de uma “Wakanda real”, perto de Dacar, na capital do Senegal, em um terreno de quase 8 mil km² (cerca de seis vezes a cidade do Rio).
“Estou trabalhando nela agora. Tudo está sendo construído de acordo com um projeto já criado, começamos as obras agora. Ainda está nos estágios iniciais”, explica Akon, falando da cidade com nome inspirado no filme “Pantera Negra”.
Segundo ele, a ideia é que a cidade futurista tenha faculdades, escolas, ginásios e aeroporto. O cantor quer ser o patrono da primeira cidade do mundo “100% gerida por meio de criptomoeda”.
Como funciona uma criptomoeda?
A moeda vitural já tem nome: Akoin. O objetivo do cantor é fazer com o que a África consiga ter um lugar imune a crises. “A parte mais adiantada deste trabalho é a criação desta criptomoeda”, diz o cantor americano, de 46 anos.
“Minha meta na vida é construir um legado. Eu quero usar o fato de eu ser uma celebridade, de ser famoso, para ajudar outras pessoas, principalmente em lugares onde faltam condições para se viver, como África, Índia e algumas partes da Ásia.”
Akon tem uma fortuna estimada em U$ 80 milhões, mas é por meio de patrocínios e fundos de investimento (sobretudo chineses) que ele diz tocar seus projetos. Divide-se entre o lado empresário e o lado popstar:
“É durante a noite que lido com a música, em estúdios, fazendo shows. Durante o dia é quando o resto acontece e participo de muitas reuniões. Então, é bem separado mesmo: o dia é para meus negócios, e a noite é para música.”
Mas será que o cantor faz ideia de quantas pessoas trabalham para ele? “Nossa, cara… Sei que são muitas. Eu não tenho certeza, mas cada cidade que eu vou e tenho algum projeto, tenho uma equipe que me encontra em aeroportos, hotéis.”
No fim, ele arrisca um número: “São pelo menos 200 pessoas trabalhando nos meus projetos, com certeza.”
Ele ajudou a popularizar o uso do Auto-Tune.
A ferramenta digital criada no fim dos anos 90 afina até as vozes mais desajeitadas, mas passou a ser usada como elemento estético, tipo um instrumento musical, principalmente no rap, dance pop e funk.
“Sempre vai haver alguém que não sabe cantar muito bem e o Auto-Tune vai ajudar a fazer que todo mundo fique parecendo que canta muito bem. Todos têm música em sua alma e gostam de cantar, então… o Auto-Tune sempre vai existir.”
“É uma tecnologia que vai sempre ajudar quem não tem uma voz boa a soar incrível. E eu que todo mundo quer soar incrível, né? Então, o Auto-Tune sempre vai estar vivo.”
In: Rap + ,1 de Novembro de 2019