A Associação Juvenil para o Desenvolvimento de Moçambique anunciou, esta terça-feira, que há membros da sua lista de candidatura que vão abandonar a agremiação. O mandatário de candidatura da AJUDEM, Zefanias Langa, disse que são quatro os candidatos interessados em abandonar, mas para ele é uma decisão forçada pelas perseguições de que os visados estão a ser vítimas.
Zefanias Langa diz que as perseguições são protagonizadas por opositores políticos na corrida eleitoral, que “tentam, a todo o custo” afastar a sua lista das Autarquias de 10 de Outubro.
Langa explicou que estas perseguições consistem na notificação dos integrantes da lista de candidatos a membros do Conselho Autárquico para serem interrogados sobre as razões que os levaram a aderirem ao movimento. Depois desta parte, segue-se a “pressão para renunciarem sob ameaças de perdem emprego e cargos da função pública, entre outras formas de coação”.
Como exemplo das ameaças, Langa mencionou Gaspar Marques, trabalhador do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural. Colocado na parede entre perder o emprego e continuar no movimento AJUDEM, “obviamente preferiu o emprego”, por isso está entre os que pretendem abandonar a lista, a par de outros três “obrigados a abandonar a corrida eleitoral”.
Os membros mandaram uma notificação à Comissão Nacional de Eleições, na qual alegavam que os seus nomes foram postos na lista da AJUDEM sem o seu conhecimento quanto menos consentimento.
Mas a AJUDEM considera infundada essa alegação, já que para a formalização das candidaturas exige-se registo criminal “tratado de forma presencial”, onde indicaram para que fins se destina.
O grupo de cidadãos, que tem como cabeça-de-lista Samora Machel Júnior, diz que a acção dos quatro elementos é de má-fé, pois os mesmos não comunicaram a sua decisão ao movimento solicitando a sua retirada.
Caso os quatro elementos saiam, a lista poderia estar na iminência de ser afastada da corrida eleitoral. Mas esse não é um problema que preocupe o mandatário de candidatura da AJUDEM. “Temos suplentes para isso. E mesmo que os suplentes não fossem suficientes, temos processos de outros candidatos que em dois tempos podemos encaixar”.
O País