O ministro dos Transportes e Comunicações admitiu que a demissão do Conselho de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) ter sido precipitada

Carlos Mesquita confessa que demissão do Conselho de Administração das LAM foi precipitada

O ministro dos Transportes e Comunicações admitiu que a demissão do Conselho de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique ( LAM ) pode ter sido precipitada. A demissão do CA das LAM surgiu logo após o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ter ficado pendurado no aeroporto internacional de Maputo, de onde partia para uma viagem de trabalho à Lichinga, na tarde de 5 de Julho.

 O grave incidente deveu-se à falta combustível nos aviões, já que a fornecedora das LAM, a petrolífera BP, congelou o produto à companhia, devido ao alto endividamento. Este facto tem estando na dianteira dos constantes atrasos de voos das LAM ;

 “(…)É preciso reconhecer que esta é uma indústria muito delicada, é preciso fazer o trabalho com a devida investigação (…) Primeiro é preciso reconhecermos que o Governo, através do IGEPE, fez o trabalho que tinha a fazer de forma responsável e tomou a decisão em função das circunstâncias ”, declarou Carlos Mesquita, na quinta-feira (12), citado pelo Verdade.

 Mesquita falava à margem do encontro de reflexão sobre a formação de quadros do ramo da aviação civil em Moçambique que aconteceu em Maputo.

O governante explicou que desde a quinta-feira (05), data em que o António Pinto, Hélder Fumo, Carlos Sitoe e Faizal Gafar foram convidados a demitirem-se após não terem conseguido garantir o embarque do primeiro-ministro de Moçambique para Lichinga, o”s voos foram retomados, de uma forma normal, portanto estamos a cobrir todos os horários que estão pré-estabelecidos pela empresa Linhas Aéreas de Moçambique e, mesmo aqueles passageiros que haviam cado retidos naquele dia em que houve falta de combustível e os aviões não puderam voar, todos esses foram atendidos perfeitamente de acordo com os programas e até agora têm estado a decorrer normalmente”.

 “Isto é sinónimo de organização, é sinónimo de que o Governo junto da operadora tomou as devidas medidas para garantir os aspectos de operacionalidade, de segurança e de cumprimento daquilo que são as atribuições da empresa LAM”, disse.

 “A questão de indicação do novo Conselho de Gestão é preciso reconhecer que esta é uma indústria muito delicada, é preciso fazer o trabalho com a devida investigação, a análise dos curriculums que já estamos a fazer, dentro dos requisitos que são necessários para a indústria da aviação e acredito que muito oportunamente, como já foi até anunciado por Sua Excia o primeiro-ministro, viremos a público anunciar que já temos o Conselho de Gestão nomeado e estará em actividade”, esclareceu o titular dos Transportes e Comunicações.

Inquirido se o Governo estaria a equacionar algum tipo de injecção financeira à curto prazo para que a companhia aérea volte a funcionar normalmente enquanto continuam a procura de um parceiro para investir, Carlos Mesquita armou que: “O Governo está a fazer uma avaliação detalhada e com profundidade às contas da LAM porque sabemos que há alguns items de custos que tem algumas gorduras, e é preciso tratar dessas gorduras da forma como devem ser”.

 “Mas certamente que o Governo tem todo o interesse de manter a sua linha aérea de bandeira a funcionar e para tal deve continuar a dar o apoio necessário para que ela esteja a operar”, concluiu.

Fonte: @Verdade

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