Logo pela manhã desta quarta-feira, 13/06, começaram a circular informações, nas redes sociais e de boca em boca, dando conta de um suposto assalto à mão armada àquele supermercado.
Imediatamente a Polícia da República de Moçambique mobilizou-se na sua máxima força e fez-se ao local, para fazer face aos presumíveis assaltantes que, por sinal, segundo se dizia, tinham feito reféns os donos da loja, empregados e alguns clientes que haviam “madrugado” para aquele estabelecimento comercial. Já se falava de mortes também.
Depois de um longo e aturado trabalho de perícia, agentes da PRM que haviam cercado o Recheio, entraram no seu interior e, para espanto de todos, não estava ninguém, nem assaltante, nem possíveis reféns.
Interpelados os donos do supermercado, contaram que quando chegaram, de manhã, ao abrir as portas, viram que uma delas (de lá de cima, dentro da loja) não estava fechada, facto que os levou a desconfiar que estivessem lá intrusos. Nisso, chamaram os seguranças que, possessos de medo e sabe-se lá como, um deles acabou disparando a arma que empunha, ferindo seu colega.
Daí o pânico gerou-se e foi-se alastrando para quase a cidade toda. Cada um foi contando como lhe convinha, mesmo sem ter certeza do que se estava a passar realmente.
Lá os “facebooqueiros” e “watsapistas” começaram a difundir informações, porém, falsas completamente.
Esta tarde, o Governador de Cabo Delgado, Júlio José Parruque, na companhia do Presidente da Assembleia Provincial, José Mugalla, e Bispo da Diocese de Pemba, Dom Luíz Lisboa, foi ao Recheio para se inteirar da situação e amainar os ânimos da população, uma vez que, até há quem dizia que os autores do susposto assalto pertenciam ao grupo de malfeitores, que nos últimos dias têm vindo a desestabilizar alguns distritos de Cabo Delgado.
A Polícia está já a trabalhar no caso para esclarecer o que realmente terá acontecido.