Presidente da Guiné Equatorial defende permanência do filho na política

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, defendeu este domingo que o seu filho e vice-presidente deve permanecer na política

O presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, defendeu este domingo que o seu filho e vice-presidente, condenado em França por lavagem de dinheiro, tem legitimidade para continuar na política. Sem confirmar se será o seu sucessor.

Numa conferência com a imprensa internacional, realizada em Malabo, capital daquele país, Obiang também não confirmou se voltará a apresentar-se como candidato a um novo mandato como presidente, escreve o Observador.

Em Outubro, Teodorín, como é conhecido, foi condenado pela justiça francesa a três anos de prisão, pena que só terá de cumprir em caso de reincidência, a uma multa de 30 milhões de euros e à apreensão dos bens que comprou em França, num processo por lavagem de dinheiro.

Para Teodoro Obiang, a França não tem legitimidade para julgar o seu filho e considera o processo contra Teodorin uma interferência francesa.

Teodoro Obiang, que está no poder desde 1979, avançou ainda que “ser filho do presidente, não retira a Teodorín o direito a fazer política”, sublinhando que, antes de chegar à política, o vice-presidente da Guiné Equatorial já tinha negócios e empresas, sobretudo no sector florestal.

Obiang disse que, apesar do julgamento do filho, mantém boas relações com Paris, mas considerou que estes processos por lavagem de dinheiro nada mais são do que um pretexto para manchar a imagem de países africanos, porque têm afectado dirigentes de África e familiares, deixando de fora os grandes magnatas do Golfo Pérsico e da Europa Oriental, que também têm comprado grandes propriedades e outros bens em países europeus.

Sobre a investigação da alegada tentativa de golpe de Estado que enfrentou no final de dezembro, Obiang não quis adiantar mais pormenores, indicando apenas que já sabe “quem está por trás” sem adiantar nomes.

Obiang considera que a ação foi planeada em França com o envolvimento de equato-guineenses da oposição, mas também de mercenários de vários países africanos e também de alguns franceses.

O País

Author: Redacção

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