De acordo com dados divulgados pelas organizações da sociedade civil que integram as plataformas de observação eleitoral, o candidato da Renamo é o virtual vencedor da 2ª volta da intercalar.
Membros e simpatizantes da Renamo festejam, desde o fim desta noite, a “vitória” de Paulo Vahanle na eleição intercalar da autarquia de Nampula, cuja votação teve lugar ontem.
A festa da “perdiz” iniciou por volta das 23h00, na sede provincial do partido na chamada capital do norte, com os membros animados pelos resultados provisórios, quer da sua contagem paralela quer de algumas organizações de observação, que davam como certa a vitória de Vahanle.
De acordo com dados divulgados por Votar Moçambique, uma plataforma de organizações da sociedade civil, quando o apuramento estava pouco acima de 75%, Paulo Vahanle liderava com 58% de votos, contra 42% do seu rival da segunda volta, Amisse Cololo, candidato da Frelimo. As projecções daquela plataforma apontavam para um resultado final de 57% de votos para Vahanle.
Por outro lado, dados do Centro de Integridade Pública (CIP), divulgados à meia-noite, davam como certa a vitória de Vahanle com 58% de votos, contra 42% de Cololo.
A confirmarem-se estes resultados, Vahanle, que na primeira volta ficou em segundo lugar, com 40,3% de votos, conquista nesta segunda ronda mais 18% de votos, podendo ter beneficiado dos 10% do eleitorado que havia sido do MDM, partido que direccionou o seu voto ao candidato da Renamo, e mais outra percentagem que pode ter vindo da franja adicional de participação, que desta vez ultrapassou a primeira volta.
Segundo as plataformas de observação, o nível de participação foi de 42%, mais sete por cento comparativamente à primeira volta.
Amisse Cololo, a avaliar pelos resultados das plataformas de observação, termina com menos 2% de votos do que na primeira volta, o que, em parte, pode ser resultado do aumento do nível de participação do eleitorado geral.
Os dados oficiais, ainda que preliminares, provenientes das autoridades eleitorais, a quem cabe trazer os números exactos, poderão ser conhecidos ao longo do dia de hoje.
O vencedor deste escrutínio deverá fechar a vacatura aberta pela morte de Mahamudo Amurane, assassinado no passado dia 4 de Outubro, e terá como missão concluir o mandato por si iniciado até às eleições autárquicas e ordinárias de 10 de Outubro, que terão lugar ao nível de todas as autarquias nacionais.
O País