O Conselho Nacional de Exames, Certificação e Equivalência (CNECE) ordenaram a anulação de todas as provas finais dos 74 alunos indiciados de fraude no exame de Biologia da 12ª classe

Reprovados todos 74 alunos que tiveram 20 valores via fraude no exame de Biologia da 12ª classe

O Conselho Nacional de Exames, Certificação e Equivalência (CNECE) ordenaram a anulação de todas as provas finais dos 74 alunos indiciados de fraude no exame de Biologia da 12ª classe, na Escola Secundária Noroeste I, na cidade de Maputo.

Paralelamente está em curso uma investigação para se apurar o grau de envolvimento dos seis professores vigilantes para que sejam responsabilizados.

A ideia é recolher mais dados que vão servir de base para elaborar e fundamentar os processos disciplinares que deverão ser instaurados contra os implicados.

Feliciano Mahalambe, director do CNECE, é citado pelo ”Notícias” a dizer que os alunos cometeram uma infracção grave e que afecta a moral, por isso a medida a aplicar deve ser drástica.

Estes estudantes, tal como referiu, vão repetir o ano e todos os exames. “Não há lugar para um exame especial. Esta é uma forma de desencorajar actos do género. Para nós, se foram detectados casos de fraude no exame de Biologia, significa que noutras provas também cometeram irregularidades. Assim, tomamos a decisão de anular todos os exames que realizaram em 2017. É uma medida gravosa para que actos idênticos não voltem a acontecer”, disse.

A decisão, tal como referiu o director, surge após se provar que os 74 alunos implicados no caso obtiveram 20 valores por meios fraudulentos. A inspecção comprovou que, igualmente, houve vários erros do nível organizacional que inclui entrada dos estudantes na sala do exame com telemóvel.

Feliciano Mahalambe esclareceu que do trabalho feito se concluiu também que as sobras dos enunciados não foram recolhidas, pelo que os professores tiveram acesso enquanto os alunos realizavam o teste.

Outra anomalia, segundo a fonte, é que nem os inspectores destacados para esta escola, nem o director adjunto pedagógico não fizeram a ronda para verificar o que estava a acontecer nas salas de exame.

 Folha de Maputo

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