Marinheiros dizem que os barcos não operam há mais de 10 meses |
Cerca de 30 trabalhadores da Empresa Moçambicana de Atum, Ematum, com destaque para marinheiros, amotinaram-se, hoje, em frente às instalações da sede da empresa, em Maputo,para pressionar a instituição a pagar os salários em atraso há dois meses. Os trabalhadores dizem estar agastados porque o atraso salarial é recorrente e que o mesmo tem sido pago depois de confusões.
“Estamos aqui para reclamar o salário que está atrasado. Tem sido sempre assim, quando se atrasa o salário, temos que criar uma confusão qualquer e logo após o barulho o salário sai”, disse uma. “Estamos preocupados em saber porque sempre temos que fazer barulho para receber. E agora estão a tentar colocar como oficial essa coisa de recebermos de dois em dois meses. Mas assim nós não estamos a conseguir gerir o salário. Já estamos há dois meses sem receber”, disse outra, sem se identificar.
O grupo diz que receia o encerramento da empresa, uma vez que 24 barcos não funcionam desde Dezembro do ano passado. “A própria empresa está há um ano parada. Não está a fazer nenhum. Estamos preocupados porque gostaríamos que aparecesse alguém a dizer porquê a empresa está parada”.
“Não estou a trabalhar, porque o meu contrato é marítimo. É no mar que eu devo estar a trabalhar e não aqui em terra a guarnecer os 24 barcos ali parados”, desabafou um dos marinheiros.
Tahoma, sans-serif; line-height: 1.35 !important;">Na ocasião, a equipa de reportagem procurou ouvir a Ematum sobre as razões da greve, mas não foi possível. A equipa de reportagem não foi permitida.