Justiça espanhola volta a abrir processo contra Neymar

Tribunal diz haver indícios de corrupção no processo de transferência do atacante do Barcelona, Neymar Jr. Após a realização de investigações e analises, a justiça espanhola revogou a decisão de arquivamento do processo levado a cabo contra Neymar, acusando-o de ocultar o valor real da transacção para o Barcelona.


A Audiência Nacional da Espanha revogou nesta sexta-feira (23/09) a decisão que arquivou o processo contra Neymar por suspeita de fraude e corrupção na transferência do atacante do Santos para o Barcelona. A decisão obriga que o caso arquivado pelo juiz José de la Mata seja reaberto.
Desta maneira, o tribunal admitiu o recurso do Ministério Público espanhol em conjunto com a Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP) e o grupo de investidores DIS, que tinha direito a 40% do valor dos direitos económicos do jogador.

Ao arquivar o processo em Julho, de la Mata alegou que, apesar de uma possível repercussão “esportiva, ética e disciplinar”, a denúncia não se encaixa num procedimento penal. A quarta seção da divisão criminal, que julgou o recurso, concluiu, porém, que há indícios do crime de corrupção ao analisar dois contratos assinados pelo jogador no final de 2011.
Além de Neymar, foi ordenada a reabertura dos processos contra o pai do atacante, Neymar da Silva Santos, o ex-presidente do Barcelona Sandro Rossel e também contra os clubes Santos e Barcelona. Todos são acusados de registar um valor incorrecto da transferência do jogador em 2013.

O processo foi movido pelo DIS, que se considera lesado por supostamente não ter recebido a quantia que lhe cabia da transacção envolvendo o atleta. O grupo disse que deveria ter obtido 40% de todos os valores pagos na transferência de Neymar, em 2013, mas parte do dinheiro teria sido ocultada.

O fundo afirma ter recebido esse percentual dos 17,1 milhões de euros que o clube catalão diz ter pagado pela transferência do brasileiro. Entretanto, as investigações da Audiência Nacional espanhola comprovaram que o valor real da transferência foi superior a 83 milhões de euros.

Publicado em: Jornal Savana

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