Nyusi exige rigor no combate as forças residuais da Renamo

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exortou ontem as Forças Armadas de Defesa (FADM) moçambicanas a manterem-se firmes no combate ao braço armado da Renamo, considerando que as ações do principal partido de oposição são uma ameaça à soberania.
Numa mensagem de saudação às FADM, por ocasião do 52º aniversário do início da luta armada contra o regime colonial português, Nyusi afirmou que o país deve estar pronto para enfrentar as ameaças internas e externas ao país, observando que a restauração da paz é uma prioridade do seu Governo.
“Exortamos as FADM a continuarem firmes na defesa do Estado e da soberania, engajando-se na luta contra todas as formas de dominação e contra as ações armadas (da Renamo) contra o nosso povo”, declarou o chefe de Estado moçambicano.
Os riscos e ameaças à integridade territorial do país, prosseguiu Filipe Nyusi, são cada vez mais complexos e difíceis e exigem uma atenção redobrada das Forças de Defesa e Segurança.
“Pautem a vossa conduta pelos valores da cidadania, patriotismo e sentido de pertença a esta nação e capitalizem a vantagem de as FADM serem resultado da reconciliação nacional, característica rara nos tempos de hoje”, acrescentou Filipe Nyusi.
Por seu turno, o Chefe do Estado Maior General das FADM, Graça Chongo, afirmou, durante um discurso de cumprimentos ao Presidente moçambicano, que a instituição enfrenta o desafio da profissionalização e modernização, visando enfrentar as ameaças que se colocam no país.
“Na atual conjetura histórica, um dos desafios que se colocam é lidar com um novo perfil de riscos e ameaças, emerge dai a necessidade de profissionalização e modernização das FADM”, assinalou Chongo.
O dia 25 de setembro é considerado em Moçambique dia das FADM por oficialmente ter sido nessa data, em 1964, que se deu o início da luta armada contra o regime colonial português e que se prolongou por um período de 10 anos, até à assinatura, a 07 de setembro de 1974, do Acordo de Lusaka.
O Acordo de Lusaka foi assinado entre o Governo português e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e preparou a transição para a independência do país em 25 de junho de 1975.
O dia das FADM é comemorado este ano num contexto em que o país é assolado pela violência militar entre as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e o braço armado da Renamo, devido à recusa do movimento em aceitar a derrota nas eleições gerais de 2014.
O principal partido da oposição exige governar em seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória no escrutínio, acusando a Frelimo de ter cometido fraude.
Fonte:TVE24/ Lusa

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