O Presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, afirmou categoricamente que os assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe, ocorridos na madrugada do dia 19 de outubro, foram resultado de “ordens superiores” para que intimidem esta formação política por forma a não continuar a lutar pela justiça eleitoral.
“Estamos em um momento em que concluímos as impugnações de nível estadual, Elvino e Guambe estavam engajados na coleta de todas as informações para uma impugnação geral. Para nós os assassinatos visam impedir que a preparação da reclamação à justiça seja feita”, contou Forquilha.
Para ele os assassinatos não só afectam o partido mas atingem igualmente aos moçambicanos que reclamam pela justiça eleitoral por terem votado no PODEMOS e Venâncio Mondlane na eleição de 9 de Outubro.
Segundo testemunhas oculares, citadas por Forquilha, foram carros militares que bloquearam a viatura conduzida por Elvino Dias e de um outro veículo, que os seguia, saíram homens munidos de armas do tipo AKM e colocaram-se a disparar contra as vítimas.
“Só pode ser de facto aquelas armas que vem ao país em nome do Estado, em nome da defesa e da justiça de um Estado de direito que são hoje usados por um grupo que quer manter a sua hegemonia na gestão danosa do país que dá ordem para assassinar as pessoas que lutam por sua justiça”, declarou questionando quem teria autoridade para tal façanha.
Mesmo com o assassinato o PODEMOS afirma que a manifestação marcada para segunda feira continua agendada e agora com mais firmeza na luta pela democracia.
“Nós vamos continuar a lutar e se calhar com mais força ainda, porque pegamos a inspiração desses que foram assassinados por uma causa justa para nos empoderar e vamos poder apresentar em tempo útil todas as nossas reclamações aguardando pela justiça e se não for feita nós saberemos o que fazer”, vaticinou. (Ekibal Seda)