As autoridades de Moçambique pediram a extradição do antigo ministro das Finanças moçambicano Manuel Chang, depois de também os Estados Unidos terem feito o mesmo pedido

Caso Manuel Chang será encerrado até final deste 2020

O caso do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, detido na África de Sul em Dezembro de 2018, esta relativamente abafado na comunicação social moçambicana e internacional, entretida com
a pandemia de COVID-19, que já matou cerca de 800 mil pessoas em todo o planeta, incluindo 20 em Moçambique, a fé das estatísticas oficiais.

Entretanto, uma fonte do Ministério sul-africano da Justiça e dos Serviços Correcionais disse sexta-feira ao jornal Correio da manhã que está em curso a preparação do processo administrativo relativo a extradição do antigo governante moçambicano, sem avançar se Manuel Chang seria extraditado para Moçambique ou para Estados Unidos da América, onde é igualmente procurado pela justiça.

A fonte do ministério disse sem entrar em pormenores acreditar que até final deste 2020 o processo administrativo de Manuel Chang vai ser encerrado.

Manuel Chang foi detido no dia 29 de Dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional OR Tambo, em Joanesburgo, quando estava a caminho de Dubai. A detenção foi solicitada a África do Sul pelos Estados Unidos da América que acusam Manuel Chang de conspiração para cometer fraude electrónica, lavagem de dinheiro e conspiração para cometer fraude imobiliária quando era ministro das Finanças do governo liderado por Armando Emílio Guebuza.

Para os Estados Unidos da América, a alegada conspiração relacionada com o crédito de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos para projectos marinhos em Moçambique, lesaram empresários americanos.

O governo americano alega que Manuel Chang beneficiou ilicitamente de USD 12 milhões num esquema que envolve outros sete indiciados lesando a economia e empresários americanos em muitos milhões de dólares.

Moçambique diz que precisa de Manuel Chang para responder a sete casos de corrupção relacionados com o mesmo crédito de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos contratados sem conhecimento do parlamento.

A disputa pela extradição do antigo governante passou pelos tribunais distritais e supremo de Kempton Park e Joanesburgo, respectivamente, na África do Sul, e terminou na mesa do ministro sul-africano da Justiça e Serviços Correcionais, Ronald Lamola, que deve decidir para onde enviar Manuel Chang.

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