Segundo avança o jornal Folha de Maputo, a África do Sul, considerado o país mais afetado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), prepara-se para lançar no mercado um novo tratamento, mais eficaz do que os existentes, anunciou ontem o ministro da Saúde.
O tratamento denominado TLD, que será lançado em 01 de Dezembro, por ocasião do Dia Mundial da Sida, é considerado pelas autoridades sul-africanas, citadas pela agência France-Presse, “a maneira mais rápida de reduzir a carga viral”.
O tratamento foi apresentado esta quarta-feira pelo ministro da Saúde da África do Sul, Zweli Mkhize, em KwaZulu-Natal, a província daquele país mais afetada pelo vírus.
O TLD combina num único comprimido três drogas anti-retrovirais: tenofovir disoproxil, lamivudina e dolutegravir.
O medicamento é apoiado financeiramente pela Unitaid, uma organização internacional para a saúde global, cujo director de operações, Robert Matiru, disse tratar-se de “um tratamento altamente eficaz”, que permite “uma supressão de vírus muito mais rápida” do que outros e causa “menos efeitos colaterais”.
É esperado que o tratamento seja lançado a um preço acessível, (de cerca de 75 dólares por ano e por pessoa ) e que permita que cerca de cinco milhões de pessoas infectadas na África do Sul iniciem ou possam continuar o tratamento.
Na África do Sul 7,7 milhões de pessoas vivem com HIV, 4,8 milhões das quais a receber terapia anti-retroviral. A maior taxa de prevalência da doença regista-se em pessoas dos 15 aos 49 anos.
Segundo a Unitaid, 10% das mortes por sida e 15% das novas infecções por HIV em todo o mundo ocorrem na África do Sul.